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Enquanto Jacobina estava em festa de micareta, eu nascia no hospital Regional da cidade, eram 24 de abril de 1989 e meus pais, o senhor Gerson Souza de Miranda e Dona Mirian Pires de Miranda se alegravam com a chegada da primogênita. Meu primeiro ano de vida foi na cidade de Jacobina, pelo fato de o meu pai ser empregado numa empresa da cidade. Depois foram para Miguel Calmon, Terra natal do meu pai, e claro minha, porque mesmo nascendo em Jacobina, amo Miguel Calmon, onde resido até hoje.

Fui assim filha única por seis anos, desejando de coração uma irmãzinha, para poder ter uma companheira de brincadeiras. Mas enquanto ela não chegava me conformava e brincar de carrinhos com um primo, única criança que havia perto. Incrível como dizem que criança não se lembra dos acontecimentos da infância, pois me lembro de muita coisa da minha. Lembro-me bem que passei os primeiros seis anos da minha vida morando com meu pai, minha mãe, meu avô paterno e minha tia avó, os quais deixaram saudades. não  esqueço do meu bolo de chocolate de 3 aninhos, na casa do chefe do meu pai na cidade de Lauro de Freitas-Ba, onde moramos alguns meses.

Morei na zona rural, povoado de Água Branca até me casar e ir residir na sede, mas hoje costumo passar os finais de semana lá, na casa dos meus pais onde cresci. Aos cinco anos entrei na escola, ah! Essa parte eu gosto muito. A Escola Manuel Antônio da Silva, que estudei desde a alfabetização até a 4ª série era bem pertinho da minha casa. Do inicio ao fim foi a mesma professora, a minha madrinha e prima Maria Dalva de Miranda hoje aposentada, lidava com uma turma multi seriada e até hoje me pergunto como ela conseguia lecionar ao mesmo tempo alunos na cartilha, alfabetização, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª série. Lá os alunos eram todos da zona rural, de famílias simples e humildes, por um bom tempo as mães dividiam os dias da semana para prepararem a merenda e os alunos se dividiam em grupos para limparem a sala, e olha que era divertido tudo isso.

Quando eu estava na 1ª série meus pais foram para Salvador á procura de um emprego melhor e isso acabou me atrasando um ano escolar. Mas voltei e deu tudo certo , .Ao passar para a 5ª série fui estudar na sede no Colégio Municipal Vicente dos Anjos, e fiquei até a 8ª.Lá fiz amizades, entrei na minha adolescência e conheci a professora que me serviu de inspiração para   fazer o curso de Letras vernáculas .A forma como ela ensinava português e principalmente redação me fez amar estudar a disciplina.Smpre fui uma aluna dedicada e preocupada com os estudos, mas após o ensino médio cursado no Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição, não prestei vestibular nem ENEM.Havia acabado de me casar com o meu grande amor Carlos Augusto da Silva Santos , que me deu duas lindas filhas Carol e Camila, minha família linda e abençoada por Deus, que é suporte para eu enfrentar a correria de todos os dias, o apoio da minha família e principalmente do meu esposo é fundamental para os momentos em que me sinto frágil e cansada nesse trajeto.

Foram sete anos sem estudar, após ter minha primeira filha, no mesmo ano em que conclui o ensino médio, resolvi me dedicar á família. Em 2013 comecei a trabalhar numa loja de confecções, onde estou até hoje. Neste mesmo ano me bateu a vontade de voltar á estudar e fazer o vestibular da UNEB. Consegui emprestado alguns módulos do curso Universidade para Todos, e passava os finais de semana estudando. Vi nos olhos do meu pai a alegria por minha decisão.

No dia 24 de dezembro de 2013, véspera de Natal, saiu o resultado do vestibular e lá estava o meu nome. Transbordei de felicidade e ligue para os meus pais emocionados para dá a notícia, para mim aquilo era um sonho realizado, um belo presente de Natal.

Na UNEB, conheci e fiz amigos, hoje só torcemos para que possamos concluir juntos o nosso curso, e realizar uma bela formatura. Meu objetivo agora é trabalhar em sala de aula, ensinar e aprender.  Embora já esteja estagiando em um anexo da escola que conclui o ensino médio e gostando muito da experiência. Estou aprendendo muito com isso. Sei que estou apenas começando e muito ainda me espera na área da educação, onde pretendo seguir com muito amor dedicação. É muito boa a sensação de ser chamada de pró!

Memorial de Formação

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