
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB
Departamento de Ciências Humanas- Campus IV- Jacobina
C.C:Estagio Curricular Supervisionado I
Professora: Ana Lúcia
Discentes: Cássia Farias, Débora Martins, Eliene Dias
Turma: 5º Semestre - Letras Vernáculas
Identidade profissional, campo de estágio e fazer docente.
“Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que , por não ser neutra , minha prática exige de mim uma definição.Uma tomada de posição.Decisão.Ruptura .Exige de mim que eu escolha entre isso e aquilo”. Freire (1996,p.102)
O artigo de Maria Ghisleny de Paiva Brasil, aborda que o estagio para quem já é professor passa a ser uma investigação da ação docente, em que (re)significa as praticas educacionais, sendo necessário o dialogo da teoria com a pratica , a atuação coletiva de professores no espaço da escola e da universidade , como oportunidade de evolução do processo reflexivo.
Conforme Ghisleny (2012): "A capacidade de refletir é inerente ao ser humano, todavia embora muito se fale hoje em dia da formação do professor reflexivo e critico, do docente pesquisador da própria pratica , encontrar o caminho para isto ainda é difícil”.
È notório na resposta do professor Sergio Luiz sobre quais os desafios postos na aprendizagem da docência e por quê? Ele responde que é sair da cultura de educação bancaria na qual se espera respostas prontas para tudo, tanto por parte dos alunos quanto por parte dos professores. Os professores não estão refletindo sobre sua identidade profissional, sobre qual seu verdadeiro papel docente. Assim como respondeu a professora Fernanda Carvalho no questionário como se constitui a identidade docente e explicite?Ela vem dizer que não só se constrói no exercício da profissão , na relação entre teoria e pratica, nas ao longo do tempo, na multiplicidade dos momentos, das vivencias... Compreendemos, então que é necessário o professor repensar, refletir sobre ele próprio, o que é indispensável mudar para melhorar a mediação entre aluno e professor para realmente ocorrer uma troca de aprendizagem.
Nas reflexões sobre o texto de Ghisleny, os questionários respondidos do professor Sérgio e Fernanda, e identidade do profissional docente debatidos em sala de aula, nos mostram que ao reconhecer a importância de refletir suas ações, o professor pode trazer para praticas ações que podem melhorar seu desempenho profissional e desprendendo de ações rotineiras,comodismo enfrentando os problemas com mais facilidade.
O professor tem um papel fundamental para o processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno. Nesse processo de ensino-aprendizagem é necessário que o professor não fique limitado apenas em repassar o conteúdo, mas em proporcionar ao aluno as condições indispensáveis para o seu desenvolvimento das suas competências dando-lhe o direito da informação e do conhecimento. No artigo é possível perceber que determinadas atitudes dos professores são avaliadas através de um vídeo formação, este utilizado como estratégia para uma avaliação crítica reflexiva para que dessa forma seja possível melhorar didática do professor. De acordo com Ghisleny (2012, p. 7), A análise realizada sobre o vídeo como estratégia mediadora da formação reflexiva, evidencia a indiscutível contribuição deste importante recurso de reflexão da prática, propiciando ao coletivo docente aspectos relevantes a cada um e a sua profissionalidade.”
Pode-se perceber que a prática e o ato de reflexão exercida no espaço da sala de aula esse olhar para si próprio contribuem para que seja atribuído um novo significado do conceito de professor, de aluno, de aula e de aprendizagem.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB
Departamento de Ciências Humanas- Campus IV- Jacobina
C.C:Estagio Curricular Supervisionado I
Professora: Ana Lúcia
Discentes: Cássia Farias, Débora Martins, Eliene Dias
Turma: 5º Semestre - Letras Vernáculas
Em Estágio e docência: diferentes concepções
Em Estágio e docência: diferentes concepções, Pimenta e Lima discorrem sobre a importância do estágio no curso de formação de professores, em que esse componente curricular não pode ser isolado de outros, mas ser integrados a eles, proporcionando aos alunos vivenciá-lo de forma mais proveitosa, aliando a teoria à prática, junção indispensável na formação do professor.Vale ressaltar que nenhuma disciplina dos cursos de formação docente pode ser vista de forma isolada, deve- se ter o cuidado de não distanciá-las do saber docente:
“Na verdade, os currículos de formação têm-se constituído em um aglomerado de disciplinas, isoladas entre si, sem qualquer explicitação de seus nexos com a realidade que lhes deu origem. Assim, sequer pode-se denominá-las de teorias, pois constituem apenas saberes disciplinares, em cursos de formação que, em geral, estão completamente desvinculados do campo de atuação profissional dos futuros formandos. Neles, as disciplinas do currículo assumem quase total autonomia em relação ao campo de atuação dos profissionais e, especialmente, ao significado social, cultural, humano da ação desse profissional.”
Quando o profissional em formação somente observa a fim de reproduzir o modo de ensino de outrem, nega a si mesmo o crescimento profissional, como também fecha os olhos diante das realidades que possa vir a conviver, ignorando o contexto das escolas em que poderá atuar (os alunos, a comunidade, as famílias, a instituição escolar etc), portanto, a atividade de estágio não deve ser reduzida a uma cópia dos saberes. Antes de ser professor, existe um ser humano com suas vivências, seus modos de aprendizado, suas produções e construções de saberes, e é um perigo suprimir toda essa bagagem, mesmo que pequena comparada aos profissionais que já atuam e a quem os alunos observam durante os estágios.Além disso, agindo assim o corpo docente coloca sobre o aluno a responsabilidade do aprendizado, e quando houver o fracasso, somente ele poderá ser o culpado, visto que teoricamente, a escola é detentora do saber e das técnicas de aprendizado há muito consolidadas, sendo impossível que ela cometa erros.
Enquanto nessa perspectiva o conhecimento teórico é o essencial, há outra forma de estágio que valoriza as habilidades técnicas, em detrimento do saber científico. O importante nesse caso é a forma como se faz, o emprego de metodologias que se torna o mecanismo primordial na resolução de problemas, criando o chamado mito metodológico. Sendo assim, observar uma sala de aula faz do estagiário um crítico do docente, de como ele conduz e produz o aprendizado, alegando que a solução das dificuldades enfrentadas por ele estaria no emprego da metodologia ideal. Esse método, ao invés de aproximar o estudante dessa realidade que logo será vivida por ele, o afasta, pois ao invés de contribuir para o crescimento escolar, somente rotula o que acontece na escola. É necessário que os problemas sejam apontados, mas para a sua solução conjunta(universidade e escola)e consciente, não para a ridicularizarão ou julgamento.
A docência tem o poder de intervir na realidade e para uma melhor compreensão Pimenta e Lima nos apresenta a divisão entre prática e ação: enquanto a prática é institucionalizada, o como fazer levando em conta a instituição; a ação considera a interação entre os indivíduos, ação essa que será limitada pela instituição, pois é nela que esses indivíduos atuam. As autoras alertam para a importância da reflexão das e nas atividades produzidas pelos professores no ambiente escolar: as ações pedagógicas. Refletindo sobre elas, o professor traz teorias que o auxiliam na execução, sempre as questionando, pois não tem o saber como algo engessado, entende que ele pode mudar conforme o contexto e os indivíduos que fazem parte desse ambiente. Exatamente por isso, a teoria não pode ser um conjunto de disciplinas isoladas entre si e separadas da prática, pois elas auxiliam as ações, ao mesmo tempo em que nos faz refletir sobre ela, agindo sobre ela conforme a necessidade.
Além e a partir dessas reflexões, o texto aponta a possibilidade de o estagiário tornar-se um pesquisador de sua prática. Ao observar, refletir e questioná-la, o aluno assume um novo posicionamento a pesquisa no estágio é uma base para a formação do estagiário como professor ,um método ,porque desta forma se desenvolve habilidades para a prática como docente . Tendo em vista que a formulação do estágio como atividade teórica instrumentalizadora da práxiz ,tendo a concepção do professor ,do futuro professor ,como um intelectual em processo de formação e a educação como processo dialético de desenvolvimento.O estágio possibilita que o futuro profissional se torne um docente pensante ,reflexivo.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB
Departamento de Ciências Humanas- Campus IV- Jacobina
C.C:Estagio Curricular Supervisionado I
Professora: Ana Lúcia
Discentes: Cássia Farias, Débora Martins, Eliene Dias
Turma: 5º Semestre - Letras Vernáculas
E então o que significa o professor reflexivo,pesquisador??
Valorizando a experiência e a reflexão na experiência ,conforme Dewey, e o conhecimento tático, conforme Luria E Polanyi, Schon propõe uma formação baseada numa epistemologia da prática profissional como momento de construção de conhecimento por meio de reflexão ,análise e problematizarão dessa prática e a consideração do conhecimento tácito, presente nas soluções que os profissionais encontram em ato e assim a valorização da pesquisa no que se convencionou no professor pesquisador de sua prática. O professor crítico- reflexivo e pesquisador demonstra seu desenvolvimento no estágio através das pesquisas, que tomam como exemplo a pratica de seus antigos professores, incrementam como novas metodologias criadas por eles mesmos ,tiram do papel e aplicam.
É no período do estágio supervisionado que vai se tornar aceitável, para o estagiário, empregar os conhecimentos teóricos na prática, sucessivamente buscando fazer uma reflexão posteriormente cada aula, em busca de melhoramentos e transformações ao longo desta temporada. com relação as práticas pedagógicas ,as instituições escolares o estagio não se faz por si ,envolve todas as disciplinas do curso de informação ,o que se constitui um verdadeiro e articulado projeto político- pedagógico de formação de professores. O estágio prepara para um trabalho docente coletivo, uma vez que o ensino não é um assunto individual do professor ,pois o trabalho escolar é um resultado em conjunto dos professores, relacionadas com contextos sociais ,históricos e culturais.
O estágio não é o “lócus” da formação professor, mas é um tempo especial em que os estagiários se observam os professores, aonde principiam a compor seus ideários e conceitos a respeito da ocupação, ou seja, do início a formação de sua identidade profissional. Consequentemente,de acordo com os faculta ponderar que o estágio supervisionado ajusta a uma experiência singular e igualmente proporciona ampla importância e significado na constituição docente.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB
Departamento de Ciências Humanas- Campus IV- Jacobina
C.C:Estagio Curricular Supervisionado I
Professora: Ana Lúcia
Discentes: Cássia Farias ,Débora Martins, Eliene Dias
Turma: 5º Semestre - Letras Vernáculas
REPENSANDO O OBJETO DE ENSINO DE UMA AULA DE PORTUGUÊS
Nada essencial pode ser ensinado.
Mas tudo tem que ser aprendido
Millôr Fernandes
O texto destaca a importância de o professor assumir um papel de pesquisador junto com o seu aluno, ao invés de apenas reproduzir modos de ensinar, como se ele fosse detentor do saber. Para tanto, a mudança não se encontra nas metodologias ou técnicas aplicadas, mas sim no objeto de ensino.
O ensino da língua segundo a autora ,não deve ser pautado apenas e isoladamente na decoração de regras pois , essa forma de ensinar não atrai o indivíduo para interagir com nenhum tipo de linguagem: leitura, escrita, entre outros.
É importante apresentar a linguagem como o estudante a verá no dia a dia, o uso social da língua, para que ele veja nisso sentido e entenda porque deve se apropriar dela em suas variadas formas, a depender da sua pretensão e para qual público fala.
O gênero textual é que deve ser o objeto de estudo e a partir dele se extrai questões sociais, políticas, históricas e gramaticais. Através desse objeto, as aulas serão de ouvir, falar, ler e escrever textos. Enquanto o aluno se desenvolve socialmente, ele também o faz através e dentro da linguagem.
Irandé Antunes dá ainda diversas dicas do “que fazer” e “como fazer” para desenvolver essas atividades por meio de textos, pautada em:
-
Falar e ouvir: O professor incentiva os alunos a ouvir o que o outro tem a dizer, interpretando e também interferindo, produzindo assim discursos, os direcionando a utilizar a formalidade oral para esse fim, tornando-o competente para atuar em público. Assim, as duas formas de falar: formal e informal ficarão claras tanto em suas formas, como quando utilizá-las.
-
Escrever: Na escrita o professor pode se valer dos diversos gêneros para a produção de textos, habilitando o aluno gradativamente, o preparando para escrever textos mais complexos conforme sua competência. A produção deve ser contextualizada, fazer sentido para quem produz. Além disso, o educador deve desde cedo incentivar o discente a planejar a sua escrita, deixar claro que ela tem etapas que garantem uma boa produção e que reescrever não é sinônimo de corrigir o que está errado, mas exercitar para tornar o produto final ainda melhor. A atenção deve ser pautada na qualidade dos textos, não na sua quantidade.
-
Leitura: Além de ler os textos produzidos por eles, devem ser apresentados aos alunos novos gêneros e nessa oportunidade o professor aproveita para ajudar o aluno a perceber as diferenças existentes em cada gênero, integrando o aluno ao meio social em que este está inserido, onde ele pode atuar criticamente.
-
Gramática: Dessas formas, o uso linguisticamente culto e convencionado estará inserido automaticamente nessas etapas, fazendo o estudante perceber em que momento necessitará dele para aprimorar suas práticas. Nesse caso, o uso será contextualizado e não isolado, fazendo-o compreender o sentido desse uso e não apenas decorá-lo. O estudo gramatical estaria assim diretamente ligado ao sentido pretendido.
