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MEMORIAL DE FORMAÇÃO 

Primeiramente, quero saudar a você, que poderia, nesse momento, se ocupar com qualquer outra coisa, mas optou (não sei por qual motivo) saber um pouco sobre a minha trajetória de formação até esse instante.

Atualmente, sou aluna da Universidade do Estado da Bahia – UNEB no campus de Jacobina-BA, estou no 5º semestre do curso de Letras – Língua Portuguesa e Literatura (mais adiante, falarei das pedras vencidas para chegar a esse lugar).

Esse memorial parte de uma perspectiva reflexiva sobre as minhas experiências vivenciadas no âmbito escolar e acadêmico. Solicitado na disciplina de estágio I, acredito que esse produto tende a contribuir significativamente nas minhas ações futuras, penso que o revisitarei constantemente, pois, como Lispector, não me esqueço de nunca, mas são poucas coisas que me lembro.

Nasci aos 11 dias do mês de Setembro de 1995, por volta das 21h, em Salvador/BA, mas não me considero soteropolitana, pois a minha construção identitária, cultural, política, social, ideológica se deu, expressivamente, no interior da capital, na cidade de Campo Formoso, a qual tenho muito orgulho, carinho e gratidão. Gratidão a Deus pela história que sonhou para mim e a minha mãe, em especial, por ter vindo embora quando eu ainda iria fazer 3 anos de idade. Meu pai ficou.   

Antes que me esqueça, meu nome é Maynara Costa de Campos, digo Maynara Costa de Campos Moura, ainda estou me acostumando com o nome de casada. Casei-me aos 20 anos de idade, faz 6 meses e 9 dias, e o nome do meu marido é desnecessário agora (risos). Tenho pai e mãe ainda vivos e separados e 4 irmãos, dois homens e duas mulheres, sou a caçula, mas não sou mimada. Sou cristã, congrego na 1ªIgreja Batista em Campo Formoso.

Por hora, já chega desse pedaço da minha vida, vamos para o pedaço que aqui nos interessa mais (eu acho), o da minha formação. 

Bem, sou filha da melhor professora que já conheci na vida, tive o prazer de ser sua aluna. O único desafio é que ela raramente sentava comigo para me ensinar, mas os motivos eu compreendo, o tempo, os outros alunos e o trabalho como costureira. Então encontramos um jeito que eu pudesse aprender “sem atrapalhar”, ou eu lia os textos e as provas dos alunos quando ela e eles não estavam, ou ficava assistindo ela ensiná-los, e isso era legal, pois a aula era na minha casa, a minha mãe era a melhor professora de banca (reforço) da cidade, a casa da minha avó vivia cheia de gente sempre.  

Eu aprendia rápido, aprendia mais ainda o que não era da minha conta. Um exemplo que gosto sempre de citar foi o de como aprendi a ler (eu não me lembro quantos anos tinha, de 3 a 4 anos). O meu irmão por ser mais velho do que eu, precisava aprender a ler primeiro, mas eu sempre estava ali, de “atrapalhona” o vendo aprender, ora com a minha irmã, ora com a minha mãe. Ele tinha dificuldade, a didática era a cartilha (desculpa aos construtivistas, mas eu amava a cartilha) e de tanto elas repetirem e inventarem eu acabei aprendendo a ler primeiro que ele (de ousada e enxerida). Depois ele conseguiu aprender, com a ajuda das três (da minha mãe, da minha irmã e minha). Talvez por esse acontecimento, eu avancei um ano e estudei com ele (na mesma sala) 10 anos da minha vida, da 1ª série do fundamental ao 2º ano do médio, isso não foi muito bom (risos).

Foi “pegando essa ponga” nas aulas da minha mãe que me interessei pela ESCRITA, pela FALA, pela LÍNGUA e pela DOCÊNCIA, era incrível como ela revertia o quadro de notas dos alunos que chegavam desesperançosos e desesperados. Eu era muito pequena, mas eu me lembro como eles gostavam e como ela os travava bem, tinha dias que tinha lanche (pão), bate-papo depois da aula. Não sei como ela fazia, mas eu sei que ela entrava muito na vida deles para explicar certas coisas, e cada um tinha uma singularidade para ela. O tempo de um, não era o tempo do outro. As vezes eu ficava com pena dela que, mesmo recebendo apenas por uma hora/aula, ficava com aluno até ele aprender. Tinha alunos que enrolavam só pra ficar mais tempo sozinho com ela e longe das críticas dos outros. Ela tem, até hoje, a porta do quarto com a assinatura de seus ex-alunos. Tomada pelo cupim, (e com os borrões de tinta que meu irmão e eu fizemos), mas tem.

Era de se esperar que vendo tudo isso acontecer na minha casa, obviamente, eu não seria médica ou advogada ou “doutora” como ela e meu pai sonhavam. No fundamental, quando as professoras me perguntavam o que eu queria ser, eu enchia o peito e dizia “professora de Matemática” (para não dizer, igual a minha ‘pãe’). A minha mãe não gostava e não gosta nada dessa ideia, mas me apoia. Tive a oportunidade de ser aluna dela na escola eu estudava no fundamental, mas logo ela saiu, porque não queria se comprometer com as notas da filha que eram boas (lamentável atitude minha mãe...). Nesses poucos dias que eu tive que chama-la de pró (acho que ela nem lembra mais), tive mais certeza de que era daquele jeito que eu queria ser. Eu fiquei boba, como ela conseguia me calar (eu que conversava e converso muito até hoje), e calar os meus colegas que eram terríveis.

Você que já leu até aqui, obrigada. Mas sei que deve está achando que está lendo a biografia da minha mãe. Peço que me entenda, pois eu não consigo dissociar o meu percurso de formação, sem explorar ela e os acontecimentos que me levaram a ser o que sou, ou acho que sou, ou por enquanto estou sendo.

Quando minha mãe entrou na faculdade aos 40 e poucos anos, foi o ápice do meu orgulho por ela, embora eu achasse que ela não precisava. Esse foi o período que mais me distanciei dela, tinha dias que não a via, mesmo morando na mesma casa, ela saia muito cedo para o trabalho e retornava mais de meia noite da faculdade. Mas eu não via isso como uma coisa ruim, eu aprendi com a distância, com a coragem e com a dedicação dela.

Nesse tempo eu já estava em transição, ao invés de professora de matemática, agora eu queria ser professora de Português. Minha mãe (que fazia pedagogia) escrevia muito, e os trabalhos dela eram muitos e muito instigantes para mim.  Mas eu não queria ser professora de crianças, então eu vou fazer faculdade de Português para escolher, era assim que pensava.

Além disso, tive outras professoras belas como a minha mãe, que me inspiravam. Mas tive muitas “feras”, uma delas era professora de Português. Essa fera foi a que ‘maaaais’ me impulsionou, sem saber, a querer ser professora, foi um processo invertido. Eu queria cada vez mais ser professora não para ser como ela, mas para ser totalmente o contrário dela. Para entender e aprender com os alunos, para fazê-los crê que todos são capazes de chegar onde quiserem, para tratá-los cada um com a sua especificidade, mas com carinho e com vontade de fazer com que sejam grandes homens e mulheres, grandes filhos, grandes pais, maridos e esposas, sobretudo, sem preconceito e/ou discriminação.

Eu acompanhei grande parte da escrita do TCC da minha mãe, a ajudei e escrevi também (ela o escreveu todo a mão em dois meses, dentro do mesmo quarto que ela dava banca, sofrendo com a prisão do meu irmão mais velho). Eu lia as escritas dela para ela, eu amava (foi uma estratégia que ela inventou para saber se estava indo bem). Eu passava a limpo. O título não me lembro ao certo, mas sei que era sobre educação rural contextualizada. Eu fazia entrevistas, eu lia e me divertia com as repostas dos alunos (muitas me faziam refletir muito sobre a precariedade da educação e sobre a escrita da zona rural, minha mãe me instigava perceber isso). A realidade era muito difícil, as crianças eram muito carentes. E claro, se apaixonaram pela minha mãe, foi difícil para eles quando acabou.  E para mim também. Ao final, a sua nota foi 9,7, eu comemorava, mas ela merecia 10,0 e ela também queria. A sua orientadora disse que realmente foi um trabalho que merecia 10,0, porém não dava essa nota para ninguém, porque era a perfeição e ninguém conseguia ser. Discordo TOTALMENTE, que logística mais confusa e injusta.

Novamente me empolguei nas entranhas da minha mãe, não tenho culpa se foi isso que me marcou e me formou. 

Eu já estava me preparando para o ensino médio, imaginando fazer Enem, etc. Foi quando a minha mãe resolveu me colocar numa escola técnica, conhecida como Agrotécnica, o IF Baiano em senhor do Bonfim. Eu detestei a ideia. Tive resistência em aceitar, eu não queria trabalhar com terra, com animais, eu não tinha jeito e não gostava. Mas ela é minha mãe, me inscreveu e fui fazer a prova (nessa época era um seletivo) com meu irmão (era o sonho dele, não o meu, ele estava feliz, eu não). O resultado foi irônico, como a minha mãe, eu passei e o meu irmão não. Depois ele conseguiu entrar na oitava chamada. E no segundo ano, desistiu. Enquanto eu, sou grata, mais uma vez a ela (você já sabe quem) porque me formei na melhor escola do mundo.

Entendam, esta não é a escola dos sonhos, em que tudo está sempre em ordem, sem problemas, sem descasos, sem injustiças. A caracterizo dessa forma porque foi onde de fato eu pude desenvolver em todos os sentidos. Foi lá que eu perdi o medo de viver, de falar, de escrever, de crescer, de mudar. Lá eu aprendi a plantar e acolher (no sentido conotativo e denotativo). Senti o cheiro da universidade. Lá eu me apaixonei pela linguística e por Bagno.

Iniciei essa formação timidamente, receosa, mas juntei forças e me joguei, nadei profundamente, aproveitei o que pude. Foi no IF que fiz o meu primeiro projeto de Iniciação Científica Júnior, recebi uma bolsa para os estudos e desenvolvimento do projeto. A pesquisa versava sobre educação ambiental. Depois me voluntariei num projeto de Língua Portuguesa, cujo tema era sobre Leiturização num assentamento da região. Encantei-me.

Meu orientador do segundo projeto citado, professor José Radamés, foi uma figura muito, mais muito responsável por eu estar onde estou. Eu já gostava de Português, já dizia que ia fazer Letras. Ele me fez acreditar que eu não só tinha apreço pela Língua e vontade de conhecê-la profundamente, mas, sobretudo intimidade e liberdade. Conheci a sociolinguística e a amei. Já se aproximando do vestibular, eu não tinha nenhuma dúvida do que faria. Os professores colocavam a maior pressão na gente, “Passem numa Federal, por favor, não abaixem o nível”. E eu, acreditava que eles estavam absolutamente certos (de um certo modo estão mesmo). Fiz o Enem. Eu estava muito nervosa, minha nota não foi nem de longe o que eu esperava. Quando mostrei a nota da redação (6,2) ao meu professor, ele não acreditou, perguntou o que havia acontecido. Não obstante essa frustração, eu consegui passar na Federal de Alagoas em Delmiro Gouveia, soube na escola, e a minha preocupação era o que a minha mãe ia dizer. Mas eu estava decidida, eu vou. Meu professor disse, “você vai!”.

Quando cheguei em casa, minha mãe já sabia, estava orgulhosa, disse que queria por uma faixa na porta de casa me parabenizando. Ela ainda confessou que preferia que fosse outro curso, não queria que eu fosse a fundo nisso de querer ser professora, mas que me apoiaria.

Formei-me como técnica agrícola com habilitação em agropecuária (é um pouco irônica essa minha formação). Logo depois viajamos, me matriculei. Lá na UFAL havia tido greve e por isso havia um semestre atrasado. Voltei e fiquei aguardando na minha cidade.

Comecei a trabalhar como estagiária na secretaria de uma faculdade e adivinhem? Passei a dar banca, como a minha mãe. Só tive quatro alunos, não deu tempo para mais. Eu sinto muitas saudades.  Também iniciei um curso de administração no SENAI, minha mãe havia me inscrito (mesmo eu sabendo que era uma estratégia para eu desistir de ir embora, aceitei fazer). Ao final de tudo, acabei desistindo de ir morar tão longe e sozinha. Minha mãe, meu namorado (que hoje é o meu marido), as circunstâncias e a minha fé me convenceram a não ir. Pensei comigo mesmo “que bobagem não tentar em Jacobina”, pura vaidade.

Novamente, fiz o Enem e graças ao meu bom Deus, passei. Hoje estou aqui, conversadeira como sempre fui (você já percebeu) e realizada. E Não me arrependo da escolha que fiz. Eu queria era ser linguista e pronto.

Daqui em diante falarei do meu presente

Vim para a cidade de Jacobina com muita coragem. Eu não conhecia ninguém, e não tinha ideia com quem ia morar ou ficar, mas isso Deus preparou, não deu tempo de me desesperar. Logo minha mãe conseguiu encontrar um lugar bem próximo da faculdade, não estava dentro das nossas condições, mas como eu ia morar sozinha e estudaria a noite, ela quis a minha segurança. Só tínhamos o dinheiro do primeiro aluguel. Eu comecei a entregar currículos. Atenta aos murais (seguindo o conselho de Radamés e minha mãe),vi que estava aberta uma vaga de estágio, vi que não havia como pré- requisito o semestre, então, que era do 1º semestre me inscrevi e fui selecionada. Passei a ser a nova estagiária do NUPE, a alegria não cabia em mim.

O NUPE (Núcleo de Pesquisa e Extensão) para mim foi uma escola, e o dinheiro que eu ganhava era o meu sustento. Lá eu cresci, amadureci muito profissionalmente. Passei a entender que a universidade era muito mais que a sala de aula. Eu conheci parte dos professores da faculdade e muitos alunos, tive acesso a projetos que me encantaram e contribuíram para o meu desempenho em sala de aula. Participei de eventos grandiosos para mim. Quando meu contrato como estagiária acabou eu passei a ser monitora, mas depois eu percebi que eu precisava voar para outros lugares, eu queria a sala de aula, dar aula, intervir... sei lá.

O meu percurso durante a faculdade não está sendo linear e objetivo como eu pensava. Eu queria entrar na faculdade e sair com o TCC sobre sociolinguística. Mas no dia de hoje (não sei amanhã, mas hoje), meu objetivo não é mais esse e eu vou dizer qual é lá na frente.

Logo no primeiro semestre cursei uma disciplina que eu gostei demais, contudo foi um tanto quanto impactante. Chamava-se “Estabelecimentos dos estudos Linguísticos”. Foi lecionada por um professor bastante temido na faculdade, mas eu não me intimido por isso. Ele ensinava bem, eu conseguia aprender, o que pesava era sua altivez. A maneira como ele tratava as pessoas e falava delas era a parte ruim. A turma, no geral tinha pavor, até porque ele era conhecido (não sei se ainda é) como o professor que mais reprovava, e isso, realmente, mexe com o psicológico de qualquer calouro. Ele tinha prazer de reprovar, mas comigo não teve esse gozo. Vencer essa barreira, conhecer Saussure e Bechara foi o "sim" que eu precisava, “Sim eu estava no lugar certo!”.

Em seguida conheci uma princesa que me ensinou a amar os meus futuros alunos. Foi uma qualidade de professor que eu não esperava encontrar na faculdade. Ela tem uma atenção, uma preocupação imerecida para com a gente. O amor prevalecia acima de qualquer frustração. Ela aproveitou o que tínhamos de melhor, ela acreditava em mim e nos meus colegas. Ela nos respeitava. Eu fazia os seus trabalhos com prazer. Iraídes se adequava ao nosso contexto e isso é tudo. Com ela, eu conheci Bakhtin lindamente e ganhei mais ânimo para ser docente.

Depois conheci a professora Denise que me fez gostar de literatura. Primeiro porque me fez conhecer um conceito de literatura que eu desconhecia. Eu gosto de ler, mas ler o que eu quero. Eu não gostava de “literatura”, eu não me via muito representada nos cânones. Mas eu entendi que literatura, pode ser simplesmente o que eu considero que ela seja, sem preconceitos e padrões hierárquicos. Faço parte de um grupo de pesquisa chamado LEFOR, coordenado por ela. Estudamos nesse grupo Leitura, estudos literários e formação do leitor. Com ela eu conheci a minha amada e querida Lajolo.

Mas tem algo que eu não contei ainda. Por quais estudos eu troquei a linguística da Língua Portuguesa? Pela Literatura? Pelo ensino? Por todos esses, mas em outra Língua, na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Como disse lá no começo da minha narrativa, sou cristã e o trabalho que desenvolvo na igreja é com surdos, especificamente. Lidero esse ministério na minha cidade em Campo Formoso, todos os finais de semana eu retorno para lá e volto para Jacobina na segunda, essa é a minha rotina desde que entrei na faculdade.

Ter habilidade em LIBRAS não significava muita coisa para mim na academia, visto que ela não era o meu alvo. Eu pensava, “não vou misturar as coisas, o meu trabalho com Libras será da universidade para fora”. Foi então que a professora Crizeide me descobriu e desenvolvemos duas oficinas em dois eventos aqui no campus IV. E, claro, eu sabia que a partir dali algumas coisas mudariam, porque as pessoas passaram a me ver diferente. É sempre assim.

Com um tempo, eu entrei em transe, Literatura, linguística ou Libras?

Nessa época eu iniciei um curso de extensão universitária de Formação de Tradutores e Intérpretes de Libras, na Universidade do Vale do São Francisco - UNIVASF, em Senhor do Bonfim. A minha vida que já não era muito relax, se tornou um, uma... nem sei o quê. Um corre-corre. Ainda estou em conclusão, farei um ano agora dia 30 de outubro. É um curso desgastante, toma, muitas vezes, mas tempo do que a próprio curso de Letras. A Língua de sinais passou a me dominar. Eu entendi que a linguística era uma paixão, a literatura veio como uma amante, mas Libras é quem, de fato, eu amo. Resolvi casar os três.

O meu foco, hoje, é trabalhar a literatura surda, versando na sua afirmação identitária e linguística. Problema sanado.

Minha mãe diz que eu serei pesquisadora, alguns colegas dizem que eu serei intérprete de Libras, outros dizem que eu serei professora mesmo. O que eu digo? Serei as três coisas, se Deus quiser! Mas a docência é que me move de verdade.

Estou tendo a experiência de participar de um projeto de iniciação à docência – PIBID, um projeto enriquecedor. Temos contato direto com os alunos, mas não somos os regentes. Às vezes me sinto angustiada, eu já queria está lecionando. Creio que ser docente é fazer a diferença na vida de muitas pessoas e eu quero fazer isso.

Na disciplina de estágio, a qual curso no presente momento, tenho aprendido conceitos importantíssimos da docência. Inclusive, para produzir esse memorial, me inspirei num estudo sobre a identidade docente e por isso me aprofundei em questões tão específicas e em alguns detalhes. Além disso, tenho a oportunidade de observar o ensino público, que inclusive vivenciei (do outro lado) na minha formação. Muita coisa mudou, e percebo que escola ainda precisa ser mais ativa e acompanhar essa mudança.

Eu vou ficando por aqui, tinha muitas coisas para relatar, muitas mesmo. Quem sabe num livro mais adiante...

Sou de uma família humilde e o meu aprendizado se deu a partir de dificuldades, por isso eu gosto de desafios.  Não há desafio maior do que ser professor.   Ainda acredito na educação, tenho planos. O maior deles é continuar aprendendo. Aprendendo com meus alunos e aprendendo para a aprendizagem deles. Só o meu marido sabe como fico radiante, quando alguém me chama de pró... Agora você também sabe.

Obrigada, Deus!

Obrigada, família, amigos e colegas!

Obrigada, meus professores!

Obrigada a você!

Obrigada !!!

Mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende.

Guimarães Rosa 

Quando acordei - Lorena Chaves
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