
Universidade do Estado da Bahia- UNEB
PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO – PROGRAD
Departamento de Ciências Humanas Campus IV- Jacobina
Componente Curricular: Seminário Interdisciplinar de Pesquisa IV
Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia Gomes da Silva
Universidade do Estado da Bahia- UNEB
PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO – PROGRAD
Departamento de Ciências Humanas Campus IV- Jacobina
Componente Curricular: Seminário Interdisciplinar de Pesquisa IV
Orientadora: Profa. Dra. Ana Lúcia Gomes
Adilson Ferreira
Aline Oliveira
Angélica Magalhães
Carina Miranda
Cássia Farias
Daniela Mota
Débora Martins
Eliene Dias
Elismar Almeida
Gabriela Requião
Ilma Oliveira
Joiane Santos
Luciana Alves
Luciana Freire
Marta Miranda
Maynara Costa
Naiane Santana
Roseli Araújo
Tauana Manoela
Thais Cristina Silva
Coordenação: Profª. Ana Lúcia Gomes da Silva
O Portfólio virtual é resultado da construção coletiva dos alunos de Graduação do 4 º semestre de Letras Vernáculas da Universidade do Estado da Bahia – UNEB – Campus IV, apresentado no Seminário Interdisciplinar de Pesquisa IV como requisito de avaliação final.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6
2 Os TCC em pauta (06/06/2016) ...................................................................... 6
3 Os TCC em pauta (07/06/2016) .................................................................... 11
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 16
5 ANEXOS ....................................................................................................... 18
5.1 FOLDER DO EVENTO ...............................................................................18
5.2 FOTOGRAFIAS - “SEMINÁRIOS - DO SIP AO TCC: O PERCURSO DESAFIADOR DA PESQUISA EM LETRAS” ..................................................19
5.3 RELATÓRIOS TÉCNICO – PEDAGÓGICOS IV SEMESTRE .....................20
5.3.1 RELATÓRIO DAS DISCENTES: DEBORA FONSECA MARTINS, ILMA OLIVEIRA DA SILVA, MAYNARA COSTA DE CAMPOS, TAUANA MANOELA DOS SANTOS ..................................................................................................20
5.3.2 RELATÓRIO DAS DISCENTES: CARINA PIRES DE MIRANDA SANTOS, GABRIELLA REQUIÃO ROCHA, NAIANE FRANCISCA SANTANA, ROSELI SANTOS ARAÚJO ............................................................................................30
5.3.3 RELATÓRIO DAS DISCENTES: ALINE OLIVEIRA, ANGÉLICA MAGALHÃES, ELISMAR ALMEIDA, LUCIANA ALVES, JOIANE SANTOS ......41
5.3.4 RELATÓRIO DOS DISCENTES: ADILSON JOSÉ MATOS FERREIRA, DANIELA MOTA RIOS, ELIENE DIAS BISPO, LUCIANA DOS SANTOS FREIRE, THAIS CRISTINA SILVA ROCHA ......................................................55
5.4 SLIDES DE APRESENTAÇÕES DO RELATÓRIO TÉCNICO – PEDAGÓGICO .................................................................................................67
5.4.1 SLIDE DE APRESENTAÇÃO DAS DISCENTES: DEBORA FONSECA MARTINS, ILMA OLIVEIRA DA SILVA, MAYNARA COSTA DE CAMPOS, TAUANA MANOELA DOS SANTOS .................................................................67
5.4.2 SLIDE DE APRESENTAÇÃO DAS DISCENTES: CARINA PIRES DE MIRANDA SANTOS, GABRIELLA REQUIÃO ROCHA, NAIANE FRANCISCA SANTANA, ROSELI SANTOS ARAÚJO ...............................................................
5.4.3 SLIDE DE APRESENTAÇÃO DAS DISCENTES: ALINE OLIVEIRA, ANGÉLICA MAGALHÃES, ELISMAR ALMEIDA, LUCIANA ALVES, JOIANE SANTOS ...............................................................................................................
5.4.4 SLIDE DE APRESENTAÇÃO DOS DISCENTES: ADILSON JOSÉ MATOS FERREIRA, DANIELA MOTA RIOS, ELIENE DIAS BISPO, LUCIANA DOS SANTOS FREIRE, THAIS CRISTINA SILVA ROCHA ...........................................
REFERÊNCIAS ..................................................................................................
APRESENTAÇÃO
“Sobre o que dizem e querem os sujeitos para quem ofertamos esta educação que está posta? Com se dá a formação dos profissionais formados pelas universidades e institutos federais que irão atuar na Educação Básica? ” (SILVA; MARAUX; SILVA, 2013, p.219)
Inicio a apresentação do Portfólio Virtual da turma de Letras Vernáculas- 4º semestre [noturno] com a alegria e o desejo de que os próximos Seminários Integrados de SIP, TCC e Estágio se configurem cada vez mais como espaços formativos e auto formativos para docentes e discentes que formam professores para atuarem na Educação Básica. Por isso mesmo, a abertura desta apresentação com a epígrafe de nossa autoria, nos interroga sobre a formação que ofertamos e como a estamos reconfigurando diante das demandas da contemporaneidade cujos sujeitos de direito muito nos ensinam em cada escola pública baiana e brasileira.
O evento realizado como atividade formativa, nos incita a buscar respostas a estas indagações supracitadas e a tantas outras que nos fazemos e que nos fazem os licenciandos cotidianamente, cujo questionamento apresentado pelas autoras Pimenta e Lima (2012), também é nosso: Como tem se constituído os “currículos de formação” para os futuros professores/as? “aglomerado de disciplinas isoladas entre si”; assim, não podemos denominar de teorias, mas de’ “saberes disciplinares” em cursos de formação”, desvinculados do campo de atuação dos futuros profissionais; (PIMENTA; LIMA,2012, p.33).
São questões que nos move e com as quais situamos o resultado do Seminário 2016 de SIP, Estágio e TCC, por entendermos que a formação docente como processo multifacetado, exige uma reorientação dos nossos currículos, das nossas práticas e das nossas condições de trabalho na universidade do Estado da Bahia - Uneb.
Se somos todos responsáveis pela formação que ofertamos, porque ainda os Estágios, os Seminários Interdisciplinares de Pesquisa – SIP, não se concretizam conforme a concepção apresentada no Projeto de curso? Quais desafios estes componentes curriculares nos apresentam e nos convidam e refletir e redimensionar?
Claro que este exercício que já vem sendo realizado por um conjunto de docentes, já é o começo para desdobramentos mais integrados e mais fundamentados na concepção de professores/as que queremos formar.
Finalizo afirmando que o Estágio Supervisionado, por exemplo, não se faz por si mesmo, envolve todas as disciplinas e todo o corpo docente, pois prepara para um trabalho coletivo, é resultado das ações coletivas e práticas institucionais da universidade e educação básica. Assim como SIP não pode ser realizado senão no diálogo interdisciplinar entre os eixos estabelecidos em cada semestre, para que dialoguemos de modo fecundo e asseguremos o ensino com pesquisa na centralidade da formação docente. Eis os desafios que nos movem e pelos quais nos mobilizamos com cada um dos nossos estudantes e colegas do curso.
Convidamos os/as leitores/as para conhecerem e lerem nosso Portfólio virtual: Seminário Interdisciplinar de Pesquisa: o gênero relatório técnico-científico.
Ótimas leituras e significativas reflexões!!!
Profª Ana Lúcia Gomes da Silva
INTRODUÇÃO
O referido relatório apresenta em sua base relatos da semana das apresentações de SIP Seminário interdisciplinar de pesquisa, e apresentações de TCC- Trabalho de conclusão de curso e estágios supervisionados, intitulado “Seminários... do SIP ao TCC: o percurso desafiador da pesquisa em Letras”. Realizado entre os dias 06 e 07 de junho de 2016 no Campus IV da Universidade do Estado da Bahia – UNEB –DCH - Departamento de Ciências Humanas, em Jacobina-BA.
2 Os TCC em pauta (06/06/2016)
A abertura do evento estava programada no folder de apresentação para ser realizado no auditório da UNEB - Campus IV, porém, por falta de organização do espaço, foi solicitado para que fosse realizado na sala 23 da referente instituição acadêmica.
O exposto evento teve início com uma fala de abertura da Coordenadora do Colegiado de Letras Línguas Portuguesa e Literatura professora Girleide Ribeiro Santos.
No primeiro momento de abertura dos trabalhos, houve o lançamento do livro: “O Estudo das Inferências na Compreensão do Texto Escrito: uma pesquisa com alunos portugueses” da professora, Márcia Regina Mendes Santos. A obra apresenta temática que convida o leitor a projetar-se para o cotidiano da Educação Básica de modo a entender as dificuldades de leituras e compreensão do texto, visando contribuir para o insucesso dos alunos nas atividades de leitura.
Após o lançamento do livro, iniciaram-se as apresentações do SIP VI, coordenado pela professora da Área Interdisciplinar: Djárcia Santana, a banca examinadora foi composta pelas professoras: Bárbara Bezerra, Márcia Mendes, Girleide Ribeiro, Djárcia Santana , Iraídes, Crizeide Freire, Rúbia Lapa, Daniela Martins, Helga Porto e Juciara Rios.
A primeira apresentação foi realizada pelos discentes: Edinoelson e Alane Neila, como o trabalho de pesquisa intitulado: “Os novos suportes de leituras na era digital no Distrito do Junco, Jacobina-BA” tendo com orientadora a professora Patrícia Vilela.
Na segunda apresentação a aluna trouxe como tema de seu trabalho de pesquisa a WebQuest como ferramenta didática inserida nos aspectos da literatura afro-brasileira, onde revela aspectos significativos da literatura afro.
O terceiro momento de apresentações do SIP IV foi apresentado pela discente Daiane Cezar, que teve com orientadora a professora Márcia Regina. A temática da pesquisa era decorrente ao “PIBID: Saberes e habilidades em construção na formação dos licenciados em língua portuguesa da Uneb - Campus IV”.
A quarta apresentação foi realizada pela dupla de discentes: Elizângela Silva e Patrícia Santos, que trouxeram uma proposta de pesquisa dentro do campo do Letramento Escolar no Ensino Fundamental II, entrelaçamento entre teoria e práticas em situação didática, e contaram com a orientação da professora Rúbia Mara. O objetivo geral dessa pesquisa foi voltado para otimizar as práticas de letramento vigentes em turmas do 6ª ano do Ensino Fundamental no Instituto Educacional São Francisco.
Na quinta proposta de pesquisa apresentada, foi abordado o tema: “Letramento digital dos alunos do Ensino Fundamental II no uso de programas de apresentação de trabalhos acadêmicos” cuja responsável pela apresentação foi a estudante Daiane Saturnino tendo como orientadora a professora Patrícia Vilela.
Na sexta apresentação realizada pela discente Marina Mesquita , coordenada pela professora Djárcia Santana. Em sua temática abordou os Aspectos sobre a cegueira: a mulher do médico, onde seu objetivo geral era voltado para demonstrar o que ocasionava a fragmentação do indivíduo, como ela ocorre e de que forma a personagem incorpora no Romance de Jose Saramago: Ensaio sobre a Cegueira (1995).
Na sétima parte das apresentações foi a aluna Diana Costa, trouxe o verbete sobre: “A inclusão de alunos surdos no ensino de Língua Portuguesa” orientada pela professora Crizeide Freire. O objetivo geral dessa pesquisa era voltado para analisar as dificuldades enfrentadas pelos professores de língua portuguesa no qual diz respeito a inclusão surdos na sala de aula.
Dando continuação ao evento foi realizada a oitava apresentação da discente Ueslaine Santos, que expôs seu trabalho de pesquisa voltado para “A Produção Teatral Jacobinense na década de 1980 e 1990cuja orientadora foi a docente Claudia Vasconcelos.
A nona parte dos trabalhos apresentados foi da aluna Amanda Miranda, que trouxe o trabalho intitulado: “A erotização do corpo negro feminino em contos de Lima Barreto, cuja docente orientadora foi Djárcia Santana. O objetivo geral dessa pesquisa foi direcionado ao propósito de compreender como a erotização do corpo feminino é construído nos contos” Um Especialista (1913) e Clara dos Anjos (1920) do escritor pré-modernista Lima Barreto.
A décima apresentação trouxe como objetivo geral do núcleo da pesquisa: Analisar a constituição do escrito Caio Fernando Abreu, a partir do esboço da homoafetividade nas narrativas homotextualidade, repressão e AIDS na contemporaneidade.
Ainda no dia 06.06.16 foi realizada no pátio do DCH IV a exposição de Pôsteres dos alunos do II semestre de Letras organizado pela professora Rúbia Mara Lapa Cunha. Os referidos pôsteres eram da disciplina Processos de Leituras, cujos autores expostos eram: Marilena Chauí, Ana Teberosky e Marcos Bagno. Os pôsteres traziam as principais obras e bibliografia dos autores além de abordarem suas contribuições para o processo de leitura e escrita.
Na sala 22 tiveram as defesas de TCC que começou às 15h00min com banca formada pelas docentes Bárbara Bezerra e Thaís Araújo, com a defesa da discente Luana Oliveira Silva com o Tema: “Entre o Impresso e o Digital: Experiências de leitura dos alunos de licenciatura do Campus IV”, orientado pela professora Patrícia Vilela da Silva. Após encerrar sua defesa, foi lida a ata pela professora Patrícia Vilela, com o parecer apreciativo da apresentação e do TCC informando a nota obtida.
Às 16h14min iniciou a defesa de TCC das discentes Ariane Cordeiro de Macedo e Mirthis Novaes de Jesus com Tema: “Para além das prateleiras: um olhar tendo investigativo sobre a função da biblioteca Dr. Carlos Gomes da Silva” tendo como banca examinadora as docentes Ana Lúcia Gomes e Crizeide Freire, ocorrida na sala 22. Ao término da apresentação foi lida a ata pela professora Patrícia Vilela, com o parecer apreciativo a apresentação e a respectiva nota.
Simultaneamente durante toda à tarde na sala 23 aconteceram seminários de Eatágio, com objetivos de aprimorar o conhecimento obtido ao longo curso, coordenado pela professora Djárcia Santana com a banca examinadora: Bárbara Bezerra, Rúbia Lapa, Márcia Mendes, Crizeide Freire e Daniela Martins, cujas apresentações dos alunos pesquisadores do VI semestre traziam as ideias centrais do projeto de pesquisa a serem realizados. Neste ínterim alguns foi informado que alguns discentes já tinham orientadores e outros não. Conforme o desenrolar das temáticas apresentadas alguns alunos conseguiram orientadores para ajudar a desenvolver o projeto pra TCC,/ O resultado dessas apresentações foram bem positivas, pois a maioria corresponderam às expectativas dos participantes da banca.
No pátio, conforme já registrado neste relatório, foram apresentados pôsters dos autores: Marcos Bagno,Ana Taberosky e Marinela Chauí , em que os alunos do II semestre elaboraram sob a orientação da profª Ma.Rúbia Mara de S. Lapa Cunha. Na sala 25 foi apresentado pelos alunos do IV semestre, um relatório técnico-pedagógico os quais relataram a experiência vivenciada ao desenvolver um ateliê de leitura com alunos da comunidade. A organizadora foi Drª Ana Lúcia Gomes da Silva e banca examinadora foi: Patrícia Vilela, Iraides Silva, Daniela Martins, Crizeide Freire , Márcia Mendes e Bárbara Bezerra, tendo também pareceres positivos sobre as apresentações, destacando a articulação e interdisciplinaridade realizada pelos estudantes com o eixo do 4º semestre Linguagem e Sociedade, revelando as contribuições dos componentes estudados ao longo do semestre para a formação dos licenciandos .
A turma do IV semestre relatou como realizou os ateliês de leitura , solicitado pela docente Maria Iraídes na articulação com SIP IV, para incentivar o estudo da leitura de forma lúdica e contextualizada , utilizando a multimodalidade. Os ateliês foram realizados em distintas cidades do entorno do território de identidade do Piemonte da Diamantina. Um deles foi aplicado em Várzea nova com turma do (EJA, 6 ° e 7° ano , Educação de Jovens e Adultos) . Abordaram no ateliê o cordel, e a obra “Auto da compadecida” ao cânone. A multimodalidade utilizada foi: filme, vídeo, clipes. Os demais grupos, trabalharam tanto na própria cidade de Jacobina como em Capim Grosso entre outros municípios. No município de Capim Grosso, por exemplo, escolheram o CETEP (Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte da Diamantina) curso técnico de análises clínicas com alunos do 4° ano. O assunto foi sobre: “a literatura afro brasileira” nas entrelinhas da escrita afro brasileira, aplicaram uma dinâmica na qual os alunos tiveram que se apresentar, e dizer qual a cor que se auto identificavam ao perguntarem a eles sobre cor/etnia. As ministrantes do ateliê relataram que a grande maioria se consideravam parda e apenas uma aluna da sala se considerou negra. Relataram que não perceberam nas respostas dos alunos como uma forma preconceituosa, mas sim, talvez uma falta de reconhecimento de sua descendência.
Um outro grupo realizou o ateliê literário no (CEDBC, Centro Educacional Barbosa de Castro) com alunos do 3ª ano matutino, falou sobre o modernismo citando o poeta Fernando Pessoa seu pseudônimo, heterônimo e ortônimo, numa turma de 18 anos. As ministrantes relataram a falta de interesse de alguns alunos e a grande evasão. Também realizaram uma dinâmica usando a internet e o perfil do facebook para tornar a aula mais atrativa para os alunos.
No geral, os grupos afirmaram que ao acrescentar a multimodalidade ao método tradicional, atraiu mais o interesse dos alunos tornando a conteúdo mais leve e proveitoso, pois com o uso dessas tecnologias a aula envolve mais o estudante, o qual não percebe a aula passar por estar tão envolvido. Assim destacaram a importância do lúdico e da multimodalidade no ensino da leitura.
3 Os TCC em pauta (07/06/2016)
Na terça-feira dia 07/06, no período matutino, na sala 22 com os professores coordenadores e orientadores Geysa Andrade, Bárbara Bezerra, Girleide Ribeiroo, Josenilce Bareto. Na sala 23 Iraídes Barreto, Rúbia Mara Lapa e Helga Porto. Foram apresentados os relatórios finais do TCC (Trabalho de conclusão de curso) cujos discentes demonstraram em suas apresentações um bom trabalho de pesquisa, sendo todos aprovados no curso.
À tarde deu-se início às 14h00min no auditório da UNEB com a conferência da prof.ª Mª. Josenilce Barreto, que versou sobre o tema “Dos trabalhos produzidos na graduação á publicação de periódicos: panorama sobre a produção acadêmica na Revista Graduando”, ela nos apresentou a Revista Graduando e o blog da revista explicando a sua criação, reconhecimento e objetivo como meio de publicarmos nossos trabalhos acadêmicos, convidando-nos assim, a conhecer melhor a revista para então se desejarmos apresentar alguma criação enviar a mesma. Ofertou algumas revistas para sortear entre os alunos e para o campus.
Em seguida a turma do II semestre apresentou em slides as resenhas por eles criadas com a orientação da professora Iraides Barreto e avaliação da banca examinadora : Helga, Porto, Josenilce Barreto , Paulo André e Juciara Rios . Segundo a banca examinadora, apesar de serem iniciantes, todos conseguiram alcançar o objetivo de fazer uma resenha sendo assim parabenizados pelos docentes. Na sala 23 e 22 outros relatórios finais de TCC foram apresentados durante a tarde e todos com êxito, conseguindo assim concluir o curso.
A abertura das apresentações do SIP II, na terça-feira no turno noturno, foi realizada inicialmente por uma Conferência no auditório da Uneb, apresentada pela profª Ana Lúcia Gomes com o tema “ A leitura como formação e a formação como leitura “ enfatizando a importância da leitura em todas as áreas tensionado a lermos nossa formação e os temas de pesquisa sobre leitura e formação do leitora, já realizadas pelo campus IV da Uneb. Dentre as questões apresentadas destacamos: Como estamos lendo nossa formação? Quais as contribuições das pesquisas sobre leitura e leitores do nosso DCH IV? Levantamento de pesquisas de docentes e discentes sobre a formação de leitores – Qual o estado da arte? – O que sabemos sobre estas pesquisas realizadas?
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Avaliar coletivamente a formação que ofertamos com todos os envolvidos/as: docentes, estudantes, técnicos-administrativos, comunidade, gestores, coordenadores , movimentos sociais.
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Comprometer nossa “capacidade de escuta” – algo que temos que prestar atenção; que temos que ler - dados de realidade.
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O que dizem os docentes da Educação Básica sobre nossa formação ? Nossos estudantes? Funcionários, nós - professores formadores de professores ?
Estavam presentes, em sua maioria, senão todos alunos de Letras Vernáculas e alguns professores. Voltando o seu discurso para nossa realidade, a docente dirigente coloca a leitura numa perspectiva de conscientização. Não apenas meio de adquirir conhecimento, mas também como empoderamento do sujeito e inquietação do mesmo acerca dos dados citados anteriormente e também dos atos políticos e culturais, ela acrescenta que um texto não deve ser considerado apenas um texto, mas como meio que influencia e dialoga com o interlocutor. A docente buscou conscientizar os estudantes, futuros professores ao interesse na busca por eventos que reconhecem a importância da leitura na cidade, e se há investimento para tais.
Durante a exposição a docente Ana Lúcia lançou uma pergunta aos presentes. “ Qual a importância de ser professor/a?” e “porque ser professor/a?” Ela também nos questiona sobre o comportamento dentro da universidade, se somos alunos “aulistas” ou ativos e participativos dos eventos e projetos, acompanhando os avanços, retrocessos e rupturas do campus, e se como professores temos a sensibilidade de os colocar na realidade do aluno. Por fim, ela ressalva a importância da formação docente no contexto da contemporaneidade.
Logo em seguida deu-se início as apresentações do Estágio II e V, coordenado pela professora Patrícia Vilela. As apresentações de Estágio II destacaram a importância do diálogo com a comunidade nos espaços não formais e a contribuição da Uneb para a comunidade onde está inserida e seu entorno. Em Estágio V foram apresentados os resultados e pontos a serem melhorados.
Em seguida tivemos a apresentação dos trabalhos realizados pelos discentes do 6º semestre que aplicaram o minicurso na casa do menor, entre os dias 25.04.2016 à 01.06.2016, fizeram atividade no CRAS, o objetivo da pesquisa era falar sobre a cultura da matriz africana, metodologia essa que tornasse a aula mais interessante, utilizando o lúdico como mecanismo para ensinar a literatura. As crianças e adolescentes tinham idades diferentes o que segundo eles foi ainda mais complicado para aplicar essas atividades, muitos tiveram resistência ao lúdico preferindo o método tradicional. Observando a necessidade de aplicar uma metodologia diferenciada devido a diferentes faixas etária, foi feita uma análise, um reconhecimento, devido a toda essa diversidade, tanto de idade, como de experiências e vivências de cada aluno. Mesmo diante de tantos problemas, relataram que o minicurso foi bastante produtivo para o desenvolvimento escolar de cada aluno.
A outra dupla de discentes, também do 6º semestre, escolheu uma sala noturna com alunos que durante o dia trabalhavam, o que segundo eles, acabava prejudicando a aprendizagem, pois estavam cansados do dia de trabalho e pouco interessados e motivados com a aula em si. Demostravam não gostar de literatura.
Os discentes do 6º semestre ao realizarem o curso, utilizaram como recurso, fotos e slides, músicas entre outros, para auxiliar na aplicação do minicurso, e mesmo em meio a tantas diversidades, relataram que o curso pode proporcionar resultados satisfatórios, considerando que foi bastante proveitoso os resultados adquiridos pelos alunos.
O SIP II trouxe em sua temática central: “Nas telas de cristal líquido: a sedução do cinema e videoclipes na sala de aula de Ensino Médio”.
A bancada foi composta pelos docentes: Helga Porto, Bárbara Bezerra, Juciara Rios, Iraides Barreto e o professor Paulo André. Em decorrência de outros eventos os professores precisaram sair e permaneceram nas apresentações apenas as professoras Helga e Iraídes.
A exposição dos trabalhos dos discentes foram voltadas para análise de resenhas de vídeos ou filmes, apresentados pelos mesmos. Os videoclipes trabalhados e apresentados foram:
• Videoclipe de Anita (Essa mina e louca)
• Filme (Divertidamente)
• Filme (Sportlight)
• Filme (A menina que roubava livros)
• Videoclipe (Projota e o Rap)
Todas as equipes apresentaram a resenha de cada tema citado e fizeram análises intercalando com citações de autores como Bakhtin, Foucault , entre outros.
Para encerrar as apresentações no auditório foram apresentados dois trabalhos referentes ao estagio III, que trouxeram como fonte de pesquisa uma proposta de análise do pronome Mim/Eu analisados entre os falantes, lembrando que essa pesquisa ainda está em processo de construção e é orientada pelo professor Tadeu Luciano. A outra proposta de pesquisa foi apresentada sobre “O Uso de Estratégias de Leituras e compreensão como pratica social” proposta pela discente Josabete Silva.
Na sala 23, foi realizada mais duas apresentações de TCC, tendo na formação da banca as professoras Maria Iraídes Barreto, Rubia Lapa Cunha, e o professor orientador das discentes, professor Ms. Joaquim Gama de Carvalho. A primeira apresentação foi da discente Elizana Silva Mendes cujo título foi “A simbologia de uma nova protagonista, na qual trouxe como base os contos de fada dando ênfase no conto “a Bela Adormecida”, suas versões ao longo do tempo e a simbologia do bem e do mal”. Ao final de sua apresentação a discente apontou que seu principal objeto de análise seria a vilã Malevola, e como a personagem inverte os padrões sociais a respeito dos vilões, bruxas e monstros, princesas e fadas. O parecer geral foi positivo, alcançando nota 10.
A segunda apresentação foi da discente Priscila Sousa Dantas, “A presença das cantigas do mar de vigo nas canções de Chico Buarque” demonstrando as influências do trovadorismo nas canções de Chico Buarque e comparando algumas cantigas de amor do jogral Martim Codax e algumas canções do compositor Chico Buarque. Ao final de sua apresentação a discente interpretou com sua belíssima voz a canção Folhetim de Chico Buarque. O parecer geral foi positivo, obtendo media 10 em seu trabalho encerrando as apresentações.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A semana de SIP, Estágio e TCC trouxe contribuições relevantes para a turma do IV semestre, visto que foi a primeira vez no curso que levamos para a sala de aula nossos aprendizados. O fato do assunto do ateliê de leitura ter sido livremente escolhido, desde que a literatura e a multimodalidade fossem abordadas trouxe uma maior conforto e segurança para a turma.
É certo que houve momentos de insegurança, afinal era a primeira vez que um trabalho tinha sido levado para além da Universidade, mas este fato foi considerado positivo porque proporcionou as condições ideais para a elaboração do relatório técnico- acadêmico objeto de estudo de SIP IV, que por sua vez era a proposta interdisciplinar para o semestre. Neles cada grupo relatou as experiências vividas, a receptividade da turma, os desafios, os sucessos obtidos, comprovando a importância de atuação do professor tendo como base a valorização do contexto do aluno e a utilização de vários recursos.
O objetivo não foi criticar o professor atuante, mas refletir sobre a importância da mediação desse profissional, até porque breve estaremos vivenciando essa realidade mais profundamente. Foi também uma preparação para o estágio, pois no V semestre teremos a oportunidade dialogar com os estudantes os conhecimentos adquiridos.
Em se tratando do evento como um todo, que compreendeu em apresentações de TCC, experiências de Estágio e ações desenvolvidas no Interdisciplinar de Pesquisa, pudemos constatar a importância que representou para a nossa formação como futuros profissionais da educação, uma vez que tomamos conhecimento de uma gama de pesquisas, cujas temáticas foram bastante diversificadas.
Percebemos nas falas dos alunos uma estreita intimidade do tema que tratavam. Um aspecto fundamental foi a liberdade que tiveram para escolha de seus respectivos objetos de estudo, e por isso, discorreram com bastante competência e responsabilidade sobre o que haviam pesquisado e realizado.
Para nós, na condição de estudantes, significou uma experiência de alto valor formativo e auto formativo e nos possibilitou melhores perspectivas de ensino e de aprendizagem, proporcionando – nos a conhecer suas práticas inovadoras, sobretudo, a troca de saberes. Para os professores e os demais presentes, acredito que se sentiram orgulhosos pela resposta obtida das turmas e o desejo de estar cada vez mais firme e esperançosos por uma educação de qualidade que seja acolhedora, diversificada e acessível a todos.
Como recomendação a turma aponta a necessidade de que todos os docentes do semestre participem efetivamente das ações de SIP, desde seu planejamento inicial, fomentando ao longo do processo o diálogo com o/a professor/a de SIP e os demais componentes, considerando a abordagem interdisciplinar extremante favorável à formação docente, tendo a pesquisa com ensino como eixo central da formação de professores.
Recomendamos ainda que a participação dos discentes das turmas envolvidas seja cada vez maior e melhor articulada e que a divulgação seja melhor e com tempo hábil para envolver outras turmas.
5 ANEXOS
5.1 Folder do evento
5.2 Fotografias- " Seminários... do Sip ao TCC: o percurso desafiador da pesquisa em letras.
5.3 RELATÓRIOS TÉCNICO – PEDAGÓGICOS IV SEMESTRE
5.3.1 RELATÓRIO DAS DISCENTES: DEBORA FONSECA MARTINS, ILMA OLIVEIRA DA SILVA, MAYNARA COSTA DE CAMPOS, TAUANA MANOELA DOS SANTOS
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS IV
Relatório técnico-pedagógico
Jacobina-BA
Junho de 2016
DEBORA FONSECA MARTINS
ILMA OLIVEIRA DA SILVA
MAYNARA COSTA DE CAMPOS
TAUANA MANOELA DOS SANTOS
Ateliê literário
Trabalho requerido pela Professora/orientadora Ana Lúcia Gomes da Silva para a turma do 4º semestre do curso de Letras Vernáculas, a ser apresentado no Seminário Interdisciplinar de Pesquisa IV.
Jacobina-BA
Junho de 2016
SUMÁRIO
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Introdução......................................................................................................4
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Justificativa....................................................................................................5
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Objetivos........................................................................................................5
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Metodologia...................................................................................................6
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Ateliê literário................................................................................................6
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Conclusões....................................................................................................9
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Referências..................................................................................................10
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Apêndices....................................................................................................11
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Anexos.........................................................................................................14
Introdução
O ensino de Literatura na maioria das escolas públicas brasileiras tem se mostrado, em sua maioria, incipiente. Essa afirmação carece de uma investigação profícua, sobretudo, experimental que comprove essa precariedade. Alguns pesquisadores, dentre eles Marisa Lajolo (1982), justificam esse acontecimento - a falta de leitura desses alunos, que por sua vez, não encontram finalidade naquilo que lê. Um outro fator estreitamente ligado à essa incipiência encontra-se na mediação dessa leitura. É fundamental que o profissional tenha formação para atuar como mediador das práticas literárias, sem desprezar o contexto social de seu educando. Cada aluno traz consigo uma bagagem cultural e, seja ela qual for e não pode ser inferiorizada.
Algumas escolas justificam a ausência da literatura apoiando-se no contexto fragilizado de seus alunos; professores apontam que os níveis dos alunos não lhe permitem ter acesso a certos tipos de textos literários.
Fatores como estes, fizeram com que aplicássemos um Ateliê Literário em uma classe de Educação de Jovens e Adultos (EJA). A proposta foi de apresentar a obra de Ariano Suassuna "O Auto da Compadecida" e fazer uma intertextualidade mostrando-lhes suas performances no teatro e no cinema. Além disso, trouxemos alguns textos que dialogam com o auto, dentre eles os cordéis que lhes deram origem.
Tivemos a preocupação de escolher essa obra por dialogar com o contexto dos alunos, por ser um texto que apresenta uma alta representatividade do sertão, especialmente, da realidade nordestina, versando pela crítica social, política e religiosa, sobretudo de forma humorística. A linguagem popular do cordel e do próprio auto da compadecida trouxeram uma aproximação do escrito literário com o receptor, nesse caso, os alunos do EJA, o que nos permitiu bons resultados.
O presente texto irá relatar a execução do ateliê, realizado no Centro Educacional João de Souza Oliveira, na cidade de Várzea Nova- Bahia, expondo o que fora vivenciado, em poucas horas, por graduandas do curso de letras vernáculas da UNEB – Campus IV e estudantes da EJA (6º e 7º ano A e B).
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Justificativa
Optamos por uma turma de EJA, devido à escassez literária encontrada para este público, segundo muitos docentes. Há uma dificuldade expressiva em trabalhar o texto literário com esses alunos, pois trazem consigo uma bagagem de conflitos sociais, principalmente de ordem familiar, mas é justamente por esse motivo que a literatura não pode ser ocultada. Se o mundo não lhes parece belo a literatura pode vir a ser uma estratégia de fuga e catarse dos problemas que os cercam sem deixar de enfrentá-los.
Nos inquietou trabalhar, especificamente, com essa obra de Suassuna pela estreita relação da linguagem e o cotidiano dos personagens com o público por nós escolhido. O nosso ateliê foi intitulado “Do cordel ao cânone: diálogos sobre o auto da compadecida”.
A escolha do texto foi importantíssima para a atividade pretendida, muitas das vezes os textos levados para sala de aula, podem, por sua vez, apresentar fatores limitantes para aprendizagem de seu aluno. Recursos linguísticos, estética, refinamento artístico etc., podem não agradar o gosto do indivíduo fragilizado por questões de ordem sociocultural, econômica e familiar.
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Objetivo do ateliê literário
Este trabalho visa mostrar a importância de apresentar a literatura para além da Universidade, buscando atrair os estudantes através de textos que os represente como o cordel. Nada mais pertinente que o indivíduo falar de sua própria cultura. Deixando nítido para o público que a leitura literária pode transformar vidas e que independente da situação em que se encontre, essa pode ser uma fonte de inspiração para construir-se um futuro melhor. Ou seja, colocar em evidência a importância de ampliar horizontes. Além de instigar a turma a acionar o seu senso crítico diante das problemáticas abordadas ao longo da aula, a fim de tornar dessa prática uma constante.
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Metodologia e procedimentos
Tivemos com procedimentos para execução do ateliê as seguintes atividades:
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Aula expositiva com a apresentação de slides, e também interativa, buscando sempre dialogar com o público;
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Dinâmica reflexiva intitulada “o ponto”, que tratou do lugar onde eles estão como sujeitos sociais e por onde eles ainda podem percorrer;
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Apresentação do filme “Auto da compadecida” dirigido por Guel Arraes – introdução;
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Exposições de imagens que caracterizassem a obra;
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Apresentações de cordéis - leitura pelos próprios alunos e professores;
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Exposição em vídeo do cordelista Bráulio Bessa;
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Atividade “Faça você mesmo um cordel”;
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Questionário de avaliação.
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Ateliê literário : “Do cordel ao cânone: diálogos sobre o auto da compadecida”.
Tendo em vista todos os fatores que envolvem a problemática do ensino da literatura brasileira no EJA, optamos por aplicar métodos que consideramos indispensáveis a fim de envolver e provocar o aluno para que ele veja a literatura de uma forma diferente, identificando-se e apropriando-se de tal forma a ampliar os seus horizontes.
O tema escolhido para o ateliê foi “Do cordel ao cânone: diálogos sobre o auto da compadecida”. Optamos por apresentar um trecho do filme “O auto da compadecida”, mostrando as definições de auto, cânone e cordel e como eles dialogam entre si. Além disso, consideramos importante a exposição de como essas obras ecoam na atualidade, com a crítica política e social presente.
O ateliê foi aplicado no Centro Educacional João de Souza Oliveira na cidade de Várzea Nova-Bahia nas turmas do 6º e 7º A e B, totalizando 26 alunos. A aula durou cerca de duas horas. Ambas as turmas são compostas por alunos de idades diferenciadas e que vivem na zona urbana e rural, esses últimos dependentes de um transporte para chegar à escola, o que impossibilitou estendermos a atividade que estava proposta.
Ao chegarmos à escola, solicitamos a instalação do retroprojetor e tivemos um atraso por conta de problemas com o equipamento. Notamos que a maior parte dos alunos estava na sala de aula e esse imprevisto gerou certo desconforto tanto para nós quanto para eles que já estavam aguardando.
Solucionado o problema, iniciamos a aula com a dinâmica “O ponto”, propositalmente escolhida a fim de gerar uma interação e reflexão sobre esse nosso momento com eles. Pedimos que fizessem um ponto em uma folha e escrevessem o que viam nela no verso. Lemos com eles as respostas, destacando que somente dois deles haviam colocado algo diferente de que ali estava somente um ponto. Dialogamos sobre a importância de ampliarmos os nossos horizontes para além de um ponto, que representa o lugar onde estamos, onde vemos somente os problemas e deixamos de olhar ao redor, ignorando a possibilidade de crescer.
Feito isso, colocamos um trecho do filme por cerca de 15 minutos e passamos a expor as características do gênero auto e o estilo de Suassuna, destacando como o sertanejo é representado, dando a ele um lugar e uma voz. O enfoque a linguagem coloquial também foram colocados, visto que além de ser parte essencial da obra, era mais um meio de mostrar ao aluno que a boa literatura não é somente a sofisticada, clássica que muitas vezes lemos e não compreendemos, mas que o povo nordestino também é representado na literatura brasileira de uma forma leve e inteligente.
Visto que fazia parte dos nossos objetivos mediar essa identificação do aluno com a literatura, discorremos sobre o que é a literatura de cordel, quem a escreve e como Suassuna adaptou-a em sua escrita. Com isso, procuramos instigá-los a ler mais cordéis e quem sabe até escrevê-los, afinal, ninguém melhor do que o sertanejo pra falar do que lhe é próprio, seus contos, seus dramas e suas histórias. Com a apresentação de cordéis utilizados pelo autor e a reza Salve Rainha, demonstramos como os textos dialogam entre si. Para exemplificar o cordel na contemporaneidade, exibimos uma declamação de Bráulio Bessa, conhecido por promover a cultura do Nordeste por todo o Brasil.
Ambicionando ainda a ampliação do senso crítico, tratamos de como Saussuna retratou as questões políticas, sociais e religiosas no auto, aliando figuras e frases do filme para exemplificar. Esse foi um dos momentos que mais houve participação da turma, quando os próprios alunos detectaram a imortalidade dessas críticas analisando fatores como desigualdade, corrupção e domínio que ocorriam no momento que a obra foi escrita e como acontecem na atualidade.
Como citado, alguns alunos são dependentes de transporte para chegar à escola e voltar para casa, por isso, não houve tempo de executar a atividade intitulada “Faça você mesmo um cordel”, pois esta exigiria bastante atenção, assistência e, especialmente, tempo, o que não tínhamos mais.
Por fim, avançamos para os questionamentos orais sobre a aula e sorteamos alguns cordéis e um livro de literatura brasileira. Notamos que houve uma aceitação da aula e entendemos que aspectos já levantados sobre o papel da literatura em sala e como ela deve ser trabalhada são cruciais para essa interação.
Durante o ateliê buscamos provocar um diálogo produtivo, porém isso não ocorreu em todos os momentos. Haviam alguns alunos dispersos, e foi um desafio do início ao fim envolvê-los na aula. Compreendemos que esse é o maior desafio do docente, trazer o aluno para junto, atrair a sua atenção. Obstáculo que reforça a nossa escolha por temas que o aproximem do conteúdo apresentado.
Vale ressaltar a presença de um aluno surdo na turma. Este fato representou uma grande surpresa para nós, pois, em nenhum momento fomos avisados que haveria esse aluno especial, cuja metodologia poderia ter sido diferenciada se soubéssemos que ali ele estaria. Além disso, não havia intérpretes para tradução da aula. Não obstante entre nós haver uma intérprete, ela não tinha autorização para tal ação e o surdo presente não tinha domínio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Compreendemos que existem fatores extras que agem sobre o ensino nas escolas brasileiras. Infelizmente há alguns que não podemos interferir diretamente, no entanto, o professor mediador tem a “chave” que abre para os alunos a porta das possibilidades. Em se tratando do professor de língua portuguesa, principalmente.
Que outra disciplina é capaz de empoderar o indivíduo como a literatura? Confrontá-lo e provocá-lo de maneira tão sutil e profunda? Viva a literatura! Viva a literatura brasileira!
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Conclusões e recomendações
Tendo em vista todo o trabalho realizado, é fundamental que se ratifique o importante lugar que a literatura ocupa na educação e na vida dos educandos, pois por meio dela o aluno é capaz de desenvolver e aprimorar habilidades como a leitura, a escrita, interpretação de texto e ainda ampliar seus conhecimentos descobrindo novas representações da realidade que os cercam.
Outro ponto que não deve ser esquecido e sempre reforçado é de como é fundamental apresentar a literatura para os alunos sempre dialogando com o contexto do qual fazem parte, e criando pontes com a realidade atual, visto que muitas das obras conversam com a contemporaneidade. E isso aconteceu de uma maneira bastante relevante neste trabalho, em que os alunos puderam ser representados pela literatura de cordel, e ainda refletirem acerca de temáticas que são ocorrentes na sociedade e que a partir desta reflexão puderam ampliar seu senso crítico em relação ao mundo.
Para fazer dessa atividade um trabalho ainda mais significativo, nada mais apropriado do que registrar todos os procedimentos e resultados alcançados por nós, através deste relatório, que comprova que é possível trabalhar com a literatura independente da turma e do grau de desenvolvimento em que elas se encontram.
Esse registro ficará à disposição para possíveis consultas de alunos que se interessarem no assunto, e ainda servirá para que reflitamos sobre os temas abordados por ele, para que a partir deste primeiro passo possamos melhorar cada dia mais, e nunca desacreditar que a literatura tem a capacidade de mudar vidas.
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Referências
ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL A ABLC.. Disponível em: <http://www.ablc.com.br/ocordel.html>. Acesso em 24 maio 2016.
ALBUQUERQUE, TÚLIO A. P. E. Regionalismo e coronelismo no filme “o auto da compadecida”. In: I seminário nacional fontes documentais e pesquisa histórica: diálogos interdisciplinares. Paraíba: Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, 2009. Disponível em: <https://www.academia.edu/4089886/REGIONALISMO_E_CORONELISMO_NO_FILME_O_AUTO_DA_COMPADECIDA>.Acesso em 24 maio 2016.
ALVES, A. da R.; LOPES, J. A. da S. M. Auto da Compadecida em Hipermídia (Monografia parcial Pós-Graduação Latu Sensu) São Paulo: Universidade Anhembi Morumbi Pós-Graduação Latu Sensu Design de Hipermídia, 2006.
EDUCAÇÃO.LITERATURA. Auto da compadecida. Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/auto-da-compadecida.html>. Acesso em: 26 maio 2016.
LAJOLO, Marisa. Usos e abusos da literatura na escola. Rio de Janeiro: Globo, 1982.
O AUTO DA COMPADECIDA. DIREÇÃO DE GUEL ARRAES. PARAÍBA: GLOBO FILMES, 2000. 1 filme (104min.).
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. Ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
5.3.2 RELATÓRIO DAS DISCENTES: CARINA PIRES DE MIRANDA SANTOS, GABRIELLA REQUIÃO ROCHA, NAIANE FRANCISCA SANTANA, ROSELI SANTOS ARAÚJO
Universidade do Estado da Bahia- UNEB
Departamento de Ciências Humanas- Campus IV
Relatório técnico-pedagógico
Carina Pires de Miranda Santos
Gabriella Requião Rocha
Naiane Francisca Santana
Roseli Santos Araújo
Jacobina-BA, 2016
Carina Pires de Miranda Santos
Gabriella Requião Rocha
Naiane Francisca Santana
Roseli Santos Araújo
Relatório técnico-pedagógico
Relatório técnico apresentado como requisito para obtenção parcial para obtenção de aprovação na disciplina Seminário Interdisciplinar de Pesquisa IV, no curso de Letras Vernáculas, na Universidade do Estado da Bahia.
Prof.ª. Dra. Ana Lúcia Gomes
Jacobina-BA, 2016
Resumo
Este relatório técnico-pedagógico foi produzido com base nos resultados obtidos no um Ateliê Literário realizado em 24 de maio de 2016, cujo objetivo era apresentar aos educandos a prática de leitura através de múltiplos gêneros discursivos que contemplem a multimodalidade, visto que, essa metodologia viabiliza e dinamiza a prática de leitura e através desta é possível fazer inferências intertextuais com outros gêneros. Seguindo esse pressuposto, norteamos a prática docente no Ateliê Literário utilizando o poema “Amor é fogo que arde sem se ver”, de Luiz de Camões, realizando a intertextualidade com o capítulo da telenovela “O Cravo e Rosa” exibido pela Rede Globo em 2001. Assim dialogamos ainda com a música “Monte Castelo” Renato Russo, verificando as possibilidades de leitura e as significativas produções de sentido que estas causam em cada leitor, considerando as intertextualidades explícitas e/ ou implícitas.
Palavras- chave: Multimodalidade. Gênero. Discursividade. Leitura.
Sumário
2 As multimodalidades em prática.............................................................................. 34
2.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 37
2.1.1 Objetivos específicos........................................................................................ 37
2.2 METODOLOGIA.................................................................................................. 38
2.3 RESULTADOS..................................................................................................... 39
3 CONCLUSÕES....................................................................................................... 39
4 REFERÊNCIAS........................................................................................................40
1 INTRODUÇÃO
Atendendo à perspectiva sugerida em sala de aula na Universidade do Estado da Bahia, no curso de Letras pelo componente curricular Prática Pedagógica IV, mediada pela docente Maria Iraídes, que realizamos no dia 24/05/2016 Um Ateliê Literário na instituição de ensino da rede pública estadual, Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição, sediada no município de Miguel Calmon, Bahia. Anteriormente estivemos na instituição, e solicitamos da direção à permissão para que pudéssemos ministrar o Ateliê Literário. Os alunos deveriam está na escola em horário oposto ao que estudam regularmente, visto que o colégio contempla oficinas.
Deste modo buscamos um trabalho pautado no poema de Luiz de Camões, “Amor é Fogo que arde sem se ver”, visando contemplar a multimodalidade e Intertextualidade neste poema com outros gêneros discursivos, através da exposição de um capítulo de telenovela e um vídeo clip musical. Objetivamos uma temática que possibilitasse aos alunos a discursividade em relação ao tema proposto e aos recursos multimodais utilizados.




2 As multimodalidades em prática
Durante as aulas do componente curricular Prática Pedagógica IV, discutimos as diversas possibilidades da utilização de recursos multimodais nas práticas docentes, cujo conceito inicial da multimodalidade estudado foi descrito por Ângela Paiva Dionísio e Leila Janot de Vasconcelos (2013, p.21): “textos constituídos por combinação de recursos de escrita (fonte, tipografia), som (palavras faladas, músicas), imagens (desenhos, fotos reais) gestos, movimentos, expressões faciais e etc.”.
Verificou-se a importância da utilização destes mecanismos em práticas pedagógicas, possibilitando ao aluno a verificação de diversas possibilidades de leitura com base em um gênero, assim como a ligação deste com outras leituras. O aluno que conhece estas variedades será um sujeito capaz de atribuir sentido aos textos apresentados a ele com maior facilidade.
A visibilidade e a crescente utilização da literatura em representações midiáticas nos deu o suporte necessário, para a escolha de um tema que abrangesse a literatura e nos permitisse utilizar os recursos multimodais como base para atender as demandas de uma educação que integre o aluno e consequentemente interaja com os seus conhecimentos prévios e vivências trazidas do seu contexto social, pois através dessa multimodalidade é possível trabalhar fazer inferências e intertextualidades.
A escolha por “Amor é fogo que arde sem se ver” Luís de Camões atende estas expectativas, pois aliados a este, buscamos uma análise do vídeo clip da do gênero discursivo telenovela “O cravo e a rosa” que foi produzido pela Rede Globo e exibida no horário das 18h, entre 26 de junho de 2000 e 9 de março de 2001. A novela foi escrita por Walcyr Carrasco e Mário Teixeira e dirigida por Mário Márcio Bandarra e Amora Mautner, tendo como diretor geral Walter Avancini, baseada na peça teatral “A megera domada”, de William Shakespeare. A narrativa é ambientada na São Paulo dos anos 1920 e retrata o tumultuado romance entre o rude caipira Petruchio (Eduardo Moscovis) e a geniosa Catarina (Adriana Esteves), moça com ideias feministas e filha mais velha do banqueiro Nicanor Batista (Luís Melo).
Um dos capítulos dessa telenovela “O cravo e a rosa” foi analisado de acordo com os conceitos de linguagem e discurso abordados por Naganime Brandão (2004) na análise do discurso, em que se compreende linguagem como “a capacidade de interação humana através da comunicação verbal, oral ou imagética que está relacionada ao contexto dos interlocutores”, e ao realizar essa comunicação são produzidos discursos, que por sua vez, geram efeitos de sentido de forma explícita (clara e objetiva) ou de forma implícita (nas entrelinhas).
O capítulo analisado intitulado por “Edmundo diz verso de amor para Bianca” retrata o amor entre as personagens de forma dinâmica e multimodal através de diversos gêneros discursivos que segundo Bakhtin (2003) “constituem a economia da linguagem, pois, se eles não existissem e se, a cada vez que, em nossas atividades, tivéssemos que interagir criando novos gêneros, a troca verbal seria impossível”. No capítulo resenhado, o professor Edmundo (Ângelo Antônio) vale-se da sua formação discursiva literária para declarar-se a Bianca (Leandra Leal) utilizando o poema “Amor é fogo que arde sem se ver”, de Luís Vaz de Camões.
Assim como na linguagem há o adequado e o inadequado, nos gêneros discursivos que podem ser orais ou escritos, usa-se o gênero adequado para cada contexto e situação comunicativa e pode ocorrer ainda uma multiplicidade de gêneros discursivos no mesmo contexto. Essa diversidade pôde ser observada no capítulo analisado, pois na cena são apresentados vários gêneros multimodais como: a carta, a música e o poema, que por estarem contextualizados e adequados ao momento despertam a atenção do telespectador.
Percebeu-se neste capítulo a importância da semiótica, visto que, uma simples toalha de mesa tem um papel notório nesta cena, pois a mesma passa a ser usada como código da comunicação entre Bianca e o professor Edmundo, pois a cor azul da tolha pendurada na janela representaria a não permissão para a entrada do professor à casa de Bianca e a cor branca representaria a permissão para entrada do mesmo.
Essa comunicação só foi possível por causa do dialogismo, que segundo Naganime (2003) é “o princípio geral que rege o discurso”, pois a interação entre os interlocutores é necessária, neste caso, a conversação entre as personagens deu-se pela carta, onde Bianca dizia ao professor Edmundo que a cor da tolha permitiria ou não o diálogo pessoal.
Como o discurso provem de outros ditos, segundo Bakhtin (2003) ele é polifônico quando há “a presença de outras vozes constituindo novos discursos”. No capítulo analisado foi possível perceber este caráter polifônico na fala da personagem Mimosa com caráter religioso, quando recorre à Santa Teresinha no momento de pendurar a tolha na janela, que passa a ser o ícone comunicativo entre Bianca e Edmundo; e na conversa entre ambos há as vozes das cartas enviadas anteriormente.
O capítulo em questão foi muito bem programado fazendo uma combinação marcada pela intencionalidade, já que não há neutralidade no discurso, da música “Olha o que o amor me faz”, interpretada por Sandy e Junior com a cena de reconciliação de Bianca e Edmundo. Por ser uma música romântica e suave ajustou-se perfeitamente com o jovem casal, pois estes eram personagens sensíveis e que tinham o romantismo como característica para demonstrarem o amor que um sentia pelo outro.
Através dessa cena pode-se fazer várias análises em uma sala de aula, visto que, ela aborda características discursivas apresentando, vários gêneros que podem ser trabalhados e discutidos pelo professor e pelos alunos, além de poder se trabalhar também os diferentes tipos de linguagens que são apresentados no decorrer da cena, tais como: imagético, expressões faciais das personagens e a linguagem oral.
Partindo desse gênero discurso, poderá ser trabalhado gramaticalmente as metáforas presentes no poema e o porquê daquele ter sido o poema escolhido para aquele momento, visto que, diversos outros gêneros poéticos poderiam ter sido selecionados para aquela declaração, isso permitirá um questionamento dos alunos em referência à diversidade de gêneros do discurso, tais como: “será que o gênero piada ou propaganda se encaixaria nessa cena?”, “qual a importância do poema nesta cena?”, entre outros.
Enfim, a multimodalidade presente neste capítulo de telenovela foi notoriamente importante para a construção do mesmo, visto que, há uma diversidade de gêneros discursivos nesta cena que viabilizam a compreensão, onde se torna necessário além de conhecimentos linguísticos, ter conhecimentos extralinguísticos (conhecimento de mundo, formação discursiva, história, cultura) que permitirão identificar o discurso e a ideologia a que pertence.
Utilizamos também como recurso multimodal, a música “Monte Castelo” Renato Russo, que possui intertextualidade com o poema de Camões e consequentemente com o capítulo escolhido. O compositor tem como tema o amor, fazendo uso não somente do poema, mas também de versículos bíblicos para dialogar com o texto.
2.1 OBJETIVO GERAL
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Desenvolver as habilidades discursivas e intertextuais através da linguagem conotativa utilizando os gêneros multimodais estudados [indicar] que proporcionem aos educandos a formação leitora.
2.1.1 Objetivos específicos
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Relatar os conhecimentos prévios a respeito do conteúdo proposto;
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Analisar as representações simbólicas presentes nos gêneros apresentados;
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Inferir sobre a interpretação feita através da linguagem conotativa, abordando algumas figuras de linguagem;
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Conceituar os conhecimentos adquiridos diante do exposto pela turma;
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Apontar a utilização de recursos multimodais e as leituras realizadas através destes;
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Solicitar à turma a produção de um poema, traduzindo a compreensão obtida diante do exposto e uni-lo ao conceito de amor que cada indivíduo possui.
2.2 METODOLOGIA
Em sala com os alunos, o grupo iniciou o ateliê literário, realizando a apresentação de cada componente e mostrando a finalidade daquele encontro. Logo após, iniciamos a apresentação dos alunos, que foi direcionada por uma dinâmica oral, em que os alunos deveriam se apresentar e sugerir para a turma uma leitura que tenha marcado a sua vida, esta atividade nos permitiu aferir a afinidade com a leitura que cada aluno possui.
Em seguida partimos para a exposição e análise do capítulo da telenovela “O cravo e a Rosa” site: https://www.youtube.com/watch?v=4V4jJ5EuBho, logo então, abrimos uma roda de conversa para dialogarmos sobre os discursos presentes no gênero. Em seguida foi feita a leitura do poema “Amor é fogo que arde sem se ver”, fazendo referência às figuras de linguagem presente, como metáfora e antítese.
Junto com os alunos percebemos o uso dos recursos multimodais e a intertextualidade entre os gêneros. Então, partimos para a apresentação da música “Monte Castelo”, Renato Russo. Assim, buscamos realizar discussões intertextuais com os alunos sobre o que vimos durante a aula. Abrimos um momento para discursão e contextualização das possíveis compreensões de cada aluno.
Sugerimos uma atividade em grupo, em que os alunos descreveram em forma de poema o que para eles seria o amor, partimos para a leitura e conversa sobre as produções e finalizamos a aula com a entrega de marcas páginas como lembranças.
2.3 RESULTADOS
A realização do Ateliê Literário nos permitiu verificar a importância de uma prática docente que integre as possibilidades de multimodalidade, permitindo aos alunos contemplarem as diversidades de leitura e a consequente produção de sentido que será dada diante do conhecimento prévio e adquirida de cada educando, pois dessa forma os alunos se sentiram a vontade para fazer inferências e intertextualidades com o que presenciam em seu convívio social e familiar.
Assim, notamos que toda a turma se manteve engajada nas discussões realizadas em sala, contribuindo com inferências relacionadas ao conteúdo, assim como as interpretações feitas com base nos diálogos presentes nos gêneros apresentados.
3 CONCLUSÕES
Percebemos que o Ateliê Literário foi de notória importância tanto para os alunos da instituição que disseram ter se sentindo supersatisfeitos com a nossa presença em sala quanto para nós, pois esta prática em sala de aula viabilizou a articulação das teorias apreendidas à prática, visto que, a multimodalidade presente em diversos gêneros discursivos serviu de suporte para esta prática pedagógica.
Desse modo, após as inferências e as análises feitas pelos educandos dos diversos gêneros expostos foi significativamente importante à proposta de produção de poemas em grupo, visto que, este gênero discursivo norteou o Ateliê Literário e os alunos em sua maioria demonstraram satisfatório prazer em produzi-los. Portanto, concluímos que as práticas literárias precisam ser norteadas por múltiplos gêneros discursivos multimodais que tanto proporcione o deleite quanto o conhecimento já que a turma inteira participou das atividades.
4 REFERÊNCIAS
DUARTE, Eduardo de Assis. Literatura Afro-brasileira: um conceito em construção. UFMG. 2011.10
Disponível em: <www.letras.ufmg.br/literafro>. Data de acesso: 25 de maio e 02 de junho de 2016.
EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 13, n. 25, p. 17-31, 2º sem. 2009.
HATTNHER, Álvaro. A poesia negra na literatura afro-brasileira: exercícios de definição e algumas possibilidades de investigação. (UNESP). Terra roxa e outras terras – Revista de Estudos Literários Volume 17-A. Dez. 2009.
Disponível em: <http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa>. Data de acesso: 02 de junho de 2016.
LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm>
Data de acesso: 04 de junho de 2016.
EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 13, n. 25, p. 17-31, 2º sem. 2009.
HATTNHER, Álvaro. A poesia negra na literatura afro-brasileira: exercícios de definição e algumas possibilidades de investigação. (UNESP). Terra roxa e outras terras – Revista de Estudos Literários Volume 17-A. Dez. 2009.
Disponível em: <http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa>. Data de acesso: 02 de junho de 2016.
LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm>. 76
Data de acesso: 04 de junho de 2016.
5.3.3 RELATÓRIO DAS DISCENTES: ALINE OLIVEIRA, ANGÉLICA MAGALHÃES, ELISMAR ALMEIDA, LUCIANA ALVES, JOIANE SANTOS
Universidade do Estado da Bahia- UNEB
Pró-reitoria de Ensino e Graduação- PROGRAD
Departamento de Ciências Humanas Campus IV- Jacobina
Componente Curricular-Seminário Interdisciplinar de Pesquisa- SIP IV
Docente- Ana Lúcia Gomes da Silva
Curso de Letras Língua portuguesa e Literaturas – IV Semestre
Aline Oliveira
Angélica Magalhães
Elismar Almeida
Luciana Alves
Joiane Santos
Pelas entrelinhas da escrita Negra ou Afro-brasileira
Jacobina – Ba
2016
Universidade do Estado da Bahia- UNEB
Pró-reitoria de Ensino e Graduação- PROGRAD
Departamento de Ciências Humanas Campus IV- Jacobina
Componente Curricular-Seminário Interdisciplinar de Pesquisa- SIP IV
Docente- Ana Lúcia Gomes da Silva
Curso de Letras Língua portuguesa e Literaturas – IV Semestre
Aline Oliveira
Angélica Magalhães
Elismar Almeida
Luciana Alves
Joiane Santos
Relatório técnico-científico apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação no Componente curricular: Seminário Interdisciplinar de Pesquisa IV, no Curso de Letras Língua portuguesa e Literaturas, na Universidade Estadual da Bahia, sob orientação da Prof. Ana Lúcia Gomes da Silva.
Jacobina – Ba
2016
RESUMO
Este trabalho relata a aplicação do Ateliê Literário proposto pela Prof.ª Iraídes Barreto, ministrante da disciplina de Prática Pedagógica IV, e realizado pelas discentes supracitadas. O Ateliê Literário foi aplicado no Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte da Diamantina – CETEP, contemplando a temática da Literatura Negra ou Afro-Brasileira, utilizando abordagem teórica a respeito da constituição e classificação dessa literatura, bem como diálogos reflexivos dos aspectos culturais da Afro-brasilidade/Afro-descendência concluído com uma atividade prática de formação leitora.
Palavras-chave: Ateliê Literário; Literatura Negra ou Afro-brasileira; Educação Básica.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................45
2 ATELIÊ LITERÁRIO: PELAS ENTRELINHAS DA ESCRITA NEGRA OU AFRO-BRASILEIRA .........................................................................................46
2.1 OBJETIVO GERAL .....................................................................................47
2.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................47
2.2 METODOLOGIA E RECURSOS ................................................................48
2.3 RESULTADOS ............................................................................................49
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................49
4 ANEXOS .......................................................................................................51
REFERÊNCIAS ...............................................................................................54
INTRODUÇÃO
Este trabalho objetiva descrever a aplicação do Ateliê Literário e registrar todo o processo realizado, bem como sua contribuição para o ensino e aprendizagem - tanto para os alunos quanto para os aplicadores. O Ateliê Literário foi elaborado através da disciplina de Prática Pedagógica e os estudos sobre a multimodalidade, a nós apresentado pela Prof.ª Maria Iraídes Barreto – ministrante da disciplina -, abrangeu a temática da Literatura Negra ou Afro-brasileira e foi aplicado no Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte da Diamantina – CETEP, na turma de 4º ano do curso técnico de Análises clínicas.
A temática abordada nos chamou atenção devido às discussões sobre a Literatura Negra na disciplina Literatura e Cultura Afro-brasileira, ministrada pelo Prof.º Paulo André Correia, e o não lugar desta em sala de aula, ou seja, o fato desse tipo de literatura não estar inserida nos livros didáticos. Sabemos que a literatura se apresenta como um veículo criador e socializador da linguagem. Sua presença no currículo escolar propicia a exploração de diversas e incontáveis possibilidades de educação, de desenvolvimento emocional, social, crítico e cognitivo do aluno, faz-se então necessário propiciar aos alunos um momento de conhecimento, como este realizado.
Toda escola deve propiciar ao aluno o desenvolvimento das competências da leitura, da escrita e da crítica reflexiva, o que, na maioria das vezes não acontece – por diversos fatores – dentre eles o fato da literatura ser pouco explorada no âmbito escolar, neste caso, se tratando de uma instituição que oferece cursos técnicos – CETEP - pois além das disciplinas da educação básica é inserido disciplinas da formação técnica geral e específica de cada curso.
O Ateliê Literário realizado foi embasado teoricamente nos estudos sobre a Literatura Negra ou Afro-brasileira, por Eduardo de Assis Duarte (2011), Conceição Evaristo (2009), bem como métodos de letramento através da multimodalidade, com exploração de textos literários de Jorge de Lima – “Essa Negra Fulô” (1997) e Valéria Belém – “Os cabelos de Lelê” (2007), e com excelentes resultados.
2 ATELIÊ LITERÁRIO: PELAS ENTRELINHAS DA ESCRITA NEGRA OU AFRO-BRASILEIRA
Entende-se que a disciplina de Prática pedagógica visa fazer a mediação entre a teoria e a prática. Desse modo, os estudos sobre multimodalidade, discurso, Literatura Negra ou Afro-brasileira nos possibilitou diversos conhecimentos e habilidades a fim de serem compartilhadas aos alunos. Isso se tornou possível por meio do Ateliê Literário, proposto pela Professora Mª Maria Iraídes Barreto, ministrante da disciplina de Prática Pedagógica no 4° semestre de Letras Língua portuguesa e Literaturas.
O Ateliê foi desenvolvido no Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte da Diamantina – CETEP, que fica localizado na Praça José Esteves Ribeiro, s/n, Bairro - Nova Morada, em Capim Grosso – BA, no período de duas aulas (das 08:20 – 10:00), na manhã do dia 1° de junho do presente ano, na turma do 4° ano, do curso técnico de Análises clínicas, com estudantes de faixa etária entre 17 e 22 anos (questionário oral de faixa etária).
É importante ressaltar que fomos muito bem recebidas pelo corpo administrativo do colégio, bem como o corpo docente, especificamente pela professora de Língua portuguesa da turma, Ildevânia de Jesus Pereira – Graduada em Letras vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia – Campus IV, que ficou encantada com a proposta do Ateliê.
O colégio foi escolhido por ser uma instituição que promove cursos técnicos e, por isso, oferece uma carga horária reduzida de aulas de Literatura, assim, poderíamos oferecer um momento de conhecimento sobre a Literatura Negra, numa perspectiva de letramento através de práticas multimodais. O trabalho com ateliê de leitura facilita o trabalho com literatura, dada a importância de inserir no cotidiano escolar, a perspectiva da literatura Afro-brasileira.
O papel da Literatura Negra ou Afro-brasileira se desenha nas linhas e entrelinhas dos textos de autoria e temática negra apresentando uma figura capaz de ser além do que lhe foi predeterminado.
Tendo sido o corpo negro, durante séculos, violado em sua integridade física, interditado em seu espaço individual e coletivo pelo sistema escravocrata do passado e, ainda hoje, pelos modos de relações raciais que vigoram em nossa sociedade, coube aos brasileiros, descendentes de africanos, inventarem formas de resistência que marcaram profundamente a nação brasileira. Produtos culturais como a música, a dança, o jogo de capoeira, a culinária e certos modos de vivência religiosa são apontados como aspectos peculiares da nação brasileira, distinguindo certa africanidade reinventada no Brasil.
(EVARISTO,2009).
Nossa atualidade é marca por uma luta em busca da representação do negro em uma sociedade de origem escravocrata, que deixou um legado de pobreza tatuado na descendência afro-brasileira. A incessante luta hoje encabeçada por diversos escritores, tem produzido uma literatura para todos lerem a fim de desmistificar a origem e trazer para todos a realidade camuflada quanto ao papel do negro na sociedade.
2.1 OBJETIVO GERAL
A busca (do negro) por uma representação na Literatura perpassa por diversas lutas. A Literatura Negra ou Afro-brasileira surge como representação das vozes de minorias. A partir dela é possível observar no outro a possibilidade da representatividade que possui. Dessa maneira, objetivamos oportunizar a leitura dessa literatura com o objetivo principal de apresentar ao aluno o gosto e prazer pela mesma, na perspectiva de aliar a leitura com a construção do conhecimento.
2.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O desejo de proporcionar aos alunos o contato com a Literatura Negra ou Afro-brasileira, bem como uma reflexão crítica a respeito da figura do negro na literatura canônica em contraponto com a literatura negra, surge da ausência desse tipo de literatura nos livros didáticos, visto que a literatura se diz universal, mas é excludente, uma vez que exclui determinados temáticas, autores, pontos de vista, entre outros fatores, quais se fazem necessários uma abordagem, ainda que literária, porém política e ideológica, servir de subsídios para o conhecimento e criticidade do indivíduo.
2.2 METODOLOGIA E RECURSOS
Ao trabalhar a construção e compartilhamento de conhecimentos sobre a Literatura Afro, fizemos uso dos recursos disponíveis e no colégio, tais como o Data show, a caixa de som, e outros providenciados pelos aplicadores como, por exemplo, o notebook e cartolinas. Esses recursos foram essenciais para o desenvolvimento do Ateliê, principalmente pela maneira multimodal de apresentarmos o conteúdo. Isso se faz necessário porque vivemos num mundo tecnológico, onde as trocas sociais acontecem rapidamente, seja por meio da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual.
Iniciamos o Ateliê com a apresentação dos aplicadores, citando o nome, onde morávamos, curso e instituição da qual fazíamos parte e a finalidade do Ateliê. Depois foi a vez dos alunos. Eles deveriam citar seus nomes, idade e a cor/raça que se considerava. Foi perceptível a dificuldade e o desconhecimento em afirmar a sua cor. Posteriormente, propusemos a discussão sobre o que viria a ser a Literatura Negra ou Afro-brasileira, o que eles poderiam inferir a respeito desses termos. Obtivemos respostas vagas.
Introduzimos o Ateliê com um áudio vídeo de leitura interpretativa do poema “Negra Fulô”, de Jorge de Lima, a fim de que eles compartilhassem suas impressões a respeito da representatividade da figura negra exposta no poema. Feito isso, fizemos uma abordagem teórica, embasada por Duarte (2011), explicando o que era a Literatura Negra e quais características a definiam. Posteriormente mostramos um vídeo do conto “Os cabelos de Lelê”, de Valéria Belém – ilustrado por Adriana Mendonça -, a fim de que comparassem os personagens dos textos literários apresentados em função de uma caracterização do texto. Discutimos sobre a temática em questão, sobre a moda, preconceito, sobre a autoafirmação e valorização da cor, raça, descendência, sobre as características e o ponto de vista de cada um. Percebemos que eles compreenderam e ficaram encantados por essa nova Literatura, tão viva e tão distante.
A final, ao som de “Olhos coloridos”, de Sandra de Sá, pedimos que eles expressassem, na cartolina, através de ilustrações e hashtags (#) a sua compreensão e absorção das discussões. Os cartazes ficaram magníficos.
2.3 RESULTADOS
A proposta do trabalho com o Ateliê Literário aconteceu de modo significativo. Observado a participação dos alunos e interação com o tema Literatura Afro-brasileira é notório que os estudantes o conhecem de maneira superficial, mas absorvem de forma imediata as informações que lhes são passadas interagindo com mediadores, neste caso, os aplicadores.
Essa enriquecedora experiência favorece o trabalho externo que a universidade deve propor à comunidade, a receptividade é notória, o que faz acreditar que o papel desta unidade de educação é validado a partir das perspectivas oriunda dos alunos participantes desse ateliê. Falar como mediadoras é falar como espectadoras do próprio trabalho e receber de maneira gratificante a resposta imediata ao que foi proposto.
Os alunos responderam a proposta de forma objetiva, apesar da pouca maturidade e da brevidade com o que o tema foi explorado eles conseguiram identificar a temática do trabalho e discorrer sobre os pontos levantados como o preconceito racial e identificar frases, supostas brincadeiras, e também os ditados que tratam o negro de maneira pejorativa.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A literatura, de maneira ampla, pode ser todas as criações de toque poético, ficcional ou dramático de todos os níveis de uma sociedade em todos os níveis de cultura. Visto desse modo, a literatura deve abranger a universalidade e diversidade. Partindo deste conceito, a Literatura Afro-brasileira, tema utilizado nesse Ateliê Literário, surge como voz de um povo oprimido. A Literatura Negra ou Afro-brasileira se desenha nas linhas e entrelinhas dos textos de autoria e temática negra apresentando uma figura capaz de romper com os estereótipos convencionados pela sociedade.
A literatura tem sido em nossa sociedade uma voz audível. É surpreendente o poder da literatura na vida do leitor. Ela proporciona a fruição, bem como grandes mudanças. Por meio dela a pessoa humana assume uma atitude crítica em relação ao mundo, enriquece-se de experiências, fantasias, sensibilidade e muito mais, tudo isso mobilizado pela arte das palavras.
Podemos concluir que a literatura deve ser utilizada em sala de aula em seus diversos contextos, abrangendo sua diversidade e oportunizando as mais variadas reflexões. O universo literário é amplo e cabe ao profissional de letras oportunizar aos educandos o acesso a essa multiplicidade de conhecimentos.
A presença da mediação multimodal, utilizada neste Ateliê, foi fundamental para o enriquecimento das discussões e reflexões propostas pelo tema abordado, propiciando a fixação da atenção e interação dos alunos. Assim, percebemos o quão importante é o papel do professor ao oportunizar esse tipo de aula e reflexão através da literatura, visto que ela concorre com elementos tecnológicos atuais, tais quais propiciam um entretenimento instantâneo. Dessa maneira, enquanto professores e mediadores, nos é dada a missão da educação transformadora, seja através da arte das palavras ou da metodologia a ser utilizada em sala de aula.
4 ANEXOS
REFERÊNCIAS
DUARTE, Eduardo de Assis. Literatura Afro-brasileira: um conceito em construção. UFMG. 2011.10 pág.
Disponível em: <www.letras.ufmg.br/literafro>. Data de acesso: 25 de maio e 02 de junho de 2016
EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 13, n. 25, p. 17-31, 2º sem. 2009.
HATTNHER, Álvaro. A poesia negra na literatura afro-brasileira: exercícios de definição e algumas possibilidades de investigação. (UNESP). Terra roxa e outras terras – Revista de Estudos Literários Volume 17-A. Dez. 2009.
Disponível em: <http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa>. Data de acesso: 02 de junho de 2016.
LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm>
Data de acesso: 04 de junho de 2016.










5.3.4 RELATÓRIO DOS DISCENTES: ADILSON JOSÉ MATOS FERREIRA, DANIELA MOTA RIOS, ELIENE DIAS BISPO, LUCIANA DOS SANTOS FREIRE, THAIS CRISTINA SILVA ROCHA
Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação – PROGRAD
Departamento de Ciências Humanas CAMPUS IV – Jacobina, Bahia
Curso: Licenciatura em Letras
Componente curricular: Pratica Pedagógica IV
Adilson José Matos Ferreira
Daniela Mota Rios
Eliene Dias Bispo
Luciana dos Santos Freire
Thais Cristina Silva Rocha
Relatório técnico pedagógico:
Ateliê literário no viés da literatura e cultura afro-brasileira com base na obra “Muito como um rei” de Fábio Mandingo.
Jacobina-Bahia
2016
Adilson José Matos Ferreira
Daniela Mota Rios
Eliene Dias Bispo
Luciana dos Santos Freire
Thais Cristina Silva Rocha
Relatório técnico pedagógico apresentado na universidade do estado da Bahia campus IV jacobina como forma de avaliação do componente curricular prática pedagógica IV do curso de licenciatura em letras, com base na realização de um ateliê literário acerca da literatura afro-brasileira com ênfase na obra muito como um rei de Fabio Mandingo.
Jacobina-Bahia
2016
RESUMO
O presente relatório apresenta através do Ateliê Literário uma proposta de leitura literária afro-brasileira em conformidade com a lei 10.639/03, dentro da disciplina de língua portuguesa com alunos do 3° ano do Ensino Médio do colégio Filipe Cassiano em Várzea do Poço. Nessa perspectiva levamos para sala de aula reflexões sobre questões étnico-raciais, a valorização da cultura afro-brasileira e o reconhecimento de novas vozes literárias a partir da leitura da obra “Muito como um Rei”, de Fábio Mandingo considerado uma literatura contemporânea afro-brasileira. A obra em questão está contextualizada em sete contos, onde traz uma linguagem simples e real da vivencia da população marginalizada da sociedade periférica de Salvador, aborda tanto as feridas quanto as pequenas alegrias de uma população excluída pela sociedade, o autor relata experiências vividas e memoráveis do seu ambiente de conviveu cultural e social. A metodologia aplicada foi planejada dentro de uma conexão multimodal, pois usamos recursos como slides, imagens, vídeos, músicas além de um acervo oral abrangente e significativo.
Palavras- chave: Ateliê literário – Literatura - Cultura afro-brasileira.
SUMÁRIO
2. Introdução ................................................................................................... 5
2.1 Objetivos gerais .................................................................................. 5
2.2 Objetivos específicos ........................................................................... 5
2.3 Fundamentações teórica ....................................................................... 6
3. Desenvolvimento ..................................................................................... 7
4. Conclusões ........................................................................................... 10
5. Referências ............................................................................................. 11
6. Apêndices ................................................................................................ 12
7. Anexos ................................................................................................... 28
INTRODUÇÃO
Entende-se que a disciplina de PPP IV (Prática Política Pedagógica) visa estabelecer a mediação entre a teoria estudada, e a prática (realidade) vivenciada nas escolas públicas. Nesta disciplina foi discutido sobre o fenômeno multimodalidade através dos gêneros textuais, recurso metodológico e uso de recursos multimodais no processo de aprendizagem. O ateliê literário teve como finalidade motivar os alunos do 3º ano ensino médio da escola municipal de Felipe Cassiano sobre a importância de ler outras vozes literárias incluindo a “literatura afro-brasileira” em suas leituras, seguindo a Lei 10.639/03-MEC, que altera a LDB e estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais.
Através da literatura afro-brasileira percebe-se a importância da história afro-brasileira para ajudar na inclusão do negro e toda a sua rica cultura inserida no imaginário brasileiro. É notório ressaltar também que a literatura afro-brasileira é uma excelente alternativa para abordar conteúdos exigidos pela lei 10.639 que determina que os professores a discutam sobre literatura afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio das redes públicas e privadas de todo o país.
O relatório realizado é resultado do Ateliê literário coordenado pela professora Maria Iraídes Barreto, do componente curricular Prática Pedagógica IV. A atividade foi realizada dia 25 de Maio com uma turma de 15 alunos do turno vespertino, no município de Várzea do Poço, pelos discentes do 4º semestre do curso de Letras Vernáculas da UNEB-CAMPUS IV- Jacobina –BA, cujo o docente responsável pela turma foi Adilson José Matos Ferreira.
OBJETIVOS GERAIS
Oportunizar a “literatura afro-brasileira” de modo a ler outras vozes literárias conforme a Lei 10.639/03-MEC, que altera a LDB e estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais, utilizando recursos multimodais e midiáticos como forma de inovação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Articular teoria e prática em relação à visão de leitura e literatura;
• Refletir sobre a aplicação 10.639/03 nas escolas;
• Reconhecer a literatura afro-brasileira no âmbito escolar e fora dela, como possiblidade afirmativa de outas narrativas sobre a cultura afro-brasileira;
• Apresentar a leitura como momento de informação, mediação e deleite.
• Contribuir para a formação de leitores críticos para desenvolver de forma empoderada seu papel na sociedade conhecendo os direitos e deveres de cada um, bem como compreender e respeitar a diversidade e cultura de cada indivíduo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A lei 10.639/03, que altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e suas repercussões.
A educação é um importante mecanismo de transformação na vida do homem. É papel da escola promovê-la de forma respeitosa, solidária e igualitária para todos. Diante disso, sentimos a necessidade de buscar escolhas para se colocar em prática essa lei trabalhando a obra de Fábio Mandingo.
“A literatura negra se define, assim, na medida em que o autor torna-se sujeito de seu próprio discurso. Deixa de ser personagem secundário, deixa de ser o “ele/ela” para ser protagonista, tornando se o “eu” que tem a posse de suas falas. Mas a passagem do ser o “outro” na produção literária para um “eu” requer necessariamente a experiência histórica do ser negro.” (HATTNHER, 1999).
Nesta obra o autor relata histórias de adolescentes negros da periferia de Salvador, onde este se declara um Rei. Este livro é apresentado através das memórias do narrador-onisciente sua infância desde a adolescência e de outros jovens negros. Suas histórias acontecem na cidade de Salvador com intuito de mostrar a realidade nua e crua do cotidiano periférico, como a violência, brincadeiras de rua, dores de amor, sexo, família, sobre uma perspectiva crítica da realidade, ao mesmo tempo em que busca contribuir para a superação das barreiras interpostas de uma população marginalizada. Fábio Mandingo aborda tanto as feridas quanto as pequenas alegrias de uma população excluída pela sociedade, identificando-se enquanto negro na própria trama da narrativa.
“A literatura negra não é só uma questão de pele, é uma questão de mergulhar em determinados sentimentos de nacionalidade enraizados na própria história do Africano no Brasil e sua descendência, trazendo um lado do Brasil que é camuflado” Cadernos Negros (p.6).
O trabalho realizado foi nessa perspectiva de contextualizar a literatura afro-brasileira com uma realidade ainda existente em nosso cotidiano e através dessa discussão fazer com que os alunos refletissem sobre essa história que faz parte do nosso país trazendo aspectos importantes como a valorização da literatura afro-brasileira.
DESENVOLVIMENTO
O Ateliê Literário foi desenvolvido no Colégio Estadual Felipe Cassiano, localizado na Avenida Juscelino Kubitschek, n° 179, centro, em Várzea do Poço, com a turma do 3ª ano (vespertino). O espaço utilizado foi à sala de vídeo da instituição e contamos com a presença de 15 alunos com uma faixa etária entre 17 a 21 anos de idade.
O nosso principal objetivo foi propor aos alunos uma nova obra literária dentro do contexto da literatura afro, usando os recursos da multimodalidade. A metodologia aplicada foi planejada dentro de uma conexão multimodal, pois usamos recursos como slides, imagens, vídeos, músicas além de um acervo oral bastante abrangente e significativo.
A primeira opção era passar o filme “Doze anos de escravidão” com duração de 2:30, para dialogar com a literatura afro-brasileira, porém o carro que iríamos não compareceu no horário combinado, por causa das fortes chuvas que caiam na região neste dia, então o horário de saída para Várzea do Poço 11:30 não foi possível, saindo apenas ás 13:00, horário que seria início da aula, começando apenas as 14:00, não sendo possível passar o filme por causa do horário.
Realizamos a abertura do Ateliê com um documentário “Preto no branco: nem tudo é o que parece”. O referido documentário surgido da parceria do Conselho Federal de Psicologia e o canal Futura que traz uma temática com a seguinte pergunta: Existe democracia racial no Brasil? Além de abordar os tipos de preconceitos que permeiam a sociedade principalmente quando se trata dos afrodescendentes, trazem também diversos depoimentos de pessoas da sociedade atual. Após a exibição do vídeo propomos uma conversa informal a respeito das questões abordadas na temática do documentário, falamos dos tipos de preconceitos existentes na sociedade brasileira e deixamos cada aluno expressar sua opinião a respeito do tema em questão. Nesse momento através dessa discussão feita em sala percebemos que havia alunos que já tinha sofrido preconceitos pelo simples fato da sua cor de pele.
Após a conversa sobre o documentário fizemos uma explanação da lei 10/639 que sancionada em 2003, no governo do Ex-presidente Lula da Silva que determina que as escolas trabalharem em seus projetos pedagógicos a cultura afro-brasileira e seus descendentes. Diante das discussões que eram levantadas no decorrer da aula foi impressionante ver a reação de surpresa e curiosidade dos alunos, pois segundo eles nunca tiveram contato com obras dessa temática, ou ainda não tinha trabalhado autores do contexto afro-brasileiro, apenas alguns alunos já tiveram contato com a obra de Machado de Assis.
Prosseguimos com a nossa proposta e apresentamos a obra “Muito com um rei” do autor Fábio Mandingo. Essa obra foi trabalhada e discutida em sala de aula na Uneb dentro da disciplina Literatura e Cultura afro-brasileira, ministrada pelo professor Paulo André e apresentada em um seminário pelo os componentes do Ateliê. Buscamos de forma clara e objetiva explorar a obra de Mandingo, que por sua vez traz uma temática sobre a vida dos descendentes afro-brasileiros nos centros periféricos de Salvador. Apresentamos trechos dos contos e fizemos uma intertextualidade com a realidade da vida moderna, para o enriquecimento do conteúdo e portanto trouxemos citações de autores como Crus e Souza, Carolina de Jesus, Conceição Evaristo dentre outros. Para mostrar uma vertente do contexto histórico para que a obra fosse classificada como afro-brasileira. Deixamos com indicação para fonte de pesquisa desse mesma categoria afro os filmes (Doze Anos de Escravidão e o filme Besouro) que por sinal houve grande interesso em assistir por parte dos alunos.
Após o termino do seminário da obra, propomos uma dinâmica com a turma para catalogar informações sobre o entendimento do conteúdo da obra e do autor trabalhado. Dividimos a turma em quatro equipes com quatro componentes em cada grupo, espalhamos cartazes pela sala que traziam citações de autores como: Conceição Evaristo (escritora negra), Januario Garcia (fotografo e escritor negro), Carolina Maria de Jesus (escritora negra), Higor Faria (publicitário negro) e pedimos para que cada grupo escolhesse um cartaz e discutissem a respeito da temática que cada frase trazia em seu enunciado. Partindo dessa proposta pôde-se observar nas fala dos alunos que eles entenderam de forma clara e coerente a verdadeira intenção da tarefa. Além de responderem de forma objetiva fizeram um elo com a vida atual dos negros, e em seus discursos relacionaram o contexto do passado entrelaçados com o presente e pensando em possibilidades futuras das vidas dos negros no Brasil.
Logo após a elaboração da tarefa, partimos para uma proposta atrativa de possibilidade de leitura. Nesse momento fizemos um sorteio com cinco obras literárias, dentre eles: Iracema, Guarani, Helena, A Moreninha e Escrava Isaura, e deixamos como proposta de que é através da leitura que conhecemos e enriquecemos o nosso conhecimento literário e que por meio da leitura podemos entender e compreender a cultura do outro em um aspecto geral e diversificado assim como a importância de respeitar a diversidade cultural que engloba a nossa sociedade.
Após a realização de todas as tarefas e apresentações solicitamos que os alunos respondessem um pequeno questionário a respeito da realização do ateliê e para que pudéssemos avaliar a execução do nosso trabalho. Ao analisarmos o parecer dos alunos chegamos à conclusão de que o resultado final foi bastante produtivo e satisfatório.
O Ateliê relacionado à cultura afro-brasileira, teve uma ótima apresentação, pois, nos deu uma ótima oportunidade de conhecer melhor sobre esse contexto, abrindo pensamentos positivos relacionados ao tema discutido. (Giovana Araújo)
Para fechar a proposta trabalhada encerramos o ateliê com um lanche coletivo no qual interagimos com os alunos e contamos com a participação do diretor do colégio.
CONCLUSÕES
O aprendizado nas Práticas Pedagógicas foi de suma importância por ter possibilitado relacionar conteúdos referentes aos recursos midiáticos com a literatura afro-brasileira da disciplina “Literatura e cultura afro-brasileira” e conceitos essências sobre a importância da leitura como formação de cidadãos reflexivos sobre sua realidade cultural.
É importante ressaltar que o tempo de PPP IV na escola-campo nos proporcionou a aplicação de conhecimentos adquiridos na universidade, e o reconhecimento das condições necessárias para que a educação na Educação Básica seja realizada com qualidade no aspecto prático-pedagógico.
Esse trabalho possibilitou abordar acerca da realidade ainda existente em nosso país e as condições em que vivem, como também, perceber a importância da cultura afro-brasileira, no tocante à formação de identidades e raízes históricas, tomando como ponto de partida a obra literária Muito como um Rei, uma vez que é possível conduzir a análise do texto literário sugerido de maneira prática, contextualizada e associada às questões que dialoguem com literatura afro-brasileira. Os resultados foram positivos, principalmente em relação aos alunos, pois além de entenderem o tema abordado desejam que um retorno a sua sala para a discussão de novos temas que sejam relacionados à literatura afro-brasileira.
Diante de tal discussão, percebemos em nossa atuação docente a concretização trabalhada em sala de aula como mediadores de um processo de aprendizagem que objetiva formar cidadãos conscientes e críticos, para que não mais reproduzam discursos preconceituosos e racistas contra os negros.
Em suma, a PPP IV foi de grande importância, por nos proporcionar a relação entre teoria e prática ligada a diferentes dimensões na escola oferecendo a oportunidade de conhecer todo o conjunto escolar e preparar-nos para os estágios, a fim de decidir profissionalmente com o preparo necessário para lidar e atuar em sala aula conforme o contexto histórico.
REFERÊNCIAS
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HATTNHER, A. L. 1999. Uma ponte sobre o Atlântico: poesia de autores negros angolanos, brasileiros e norte-americanos em uma perspectiva comparativa triangular. Tese, Universidade de São Paulo.
MANDINGO, Fábio. Muito como um Rei. São Paulo: Ciclo Contínuo Editorial 2015.
BUNZEN, Clécio. In: MENDONÇA, Márcia. Múltiplas linguagens para o ensino médio – São Paulo: Parábola Editorial, 2013.
Racismo no Brasil- Preto no Branco – Nem Tudo é o Que Parece - Canal Futura: https://www.youtube.com/watch?v=vqZIriXBeEw- acesso em 23 de Maio de 2016.
5.4 SLIDES DE APRESENTAÇÕES DO RELATÓRIO TÉCNICO – PEDAGÓGICO
5.4.1 SLIDE DE APRESENTAÇÃO DAS DISCENTES: DEBORA FONSECA MARTINS, ILMA OLIVEIRA DA SILVA, MAYNARA COSTA DE CAMPOS, TAUANA MANOELA DOS SANTOS
















5.4.2 SLIDE DE APRESENTAÇÃO DAS DISCENTES: CARINA PIRES DE MIRANDA SANTOS, GABRIELLA REQUIÃO ROCHA, NAIANE FRANCISCA SANTANA, ROSELI SANTOS ARAÚJO
















5.4.3 SLIDE DE APRESENTAÇÃO DAS DISCENTES: ALINE OLIVEIRA, ANGÉLICA MAGALHÃES, ELISMAR ALMEIDA, LUCIANA ALVES, JOIANE SANTOS















5.4.4 SLIDE DE APRESENTAÇÃO DOS DISCENTES: ADILSON JOSÉ MATOS FERREIRA, DANIELA MOTA RIOS, ELIENE DIAS BISPO, LUCIANA DOS SANTOS FREIRE, THAIS CRISTINA SILVA ROCHA










REFERÊNCIAS
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MANDINGO, Fábio. Muito como um Rei. São Paulo: Ciclo Contínuo Editorial 2015.
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Data de acesso: 04 de junho de 2016.
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_________. NBR 6024:2012, informação e documentação: numeração progressiva das
seções de um documento escrito.
__________BNT. NBR 6027:2012, informação e documentação: sumário: apresentação.
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