
"A única arma para melhorar o planeta é a Educação com ética. Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da pele, por sua origem, ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
Nelson Mandela (1935)
Eu sou Roseli Santos Araújo, filha de Maria Silvanir Santos e Agenor Santos Araújo. Nasci em 15 de junho de 1996, em Jacobina/Ba, atualmente moro em Miguel Calmon/BA. Sou casada com Jonathas Santos Rodrigues desde março de 2015. Leciono Língua Portuguesa nos 6º e 7º anos do Colégio Oásis de Miguel Calmon/BA desde fevereiro de 2015, onde procuro ser uma mediadora do conhecimento e despertar nos meus alunos o gosto pela leitura, pois acredito que a leitura é a principal porta para a apropriação de conhecimento diversos e contribui notoriamente na formação de sujeitos críticos e reflexivos.
Cursei toda a minha educação básica na rede de ensino pública. De 2011 a 2013 cursei o ensino médio no Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição na cidade de Miguel Calmon/BA, em 2014 ingressei no curso superior de Letras Língua Portuguesa e Literatura na Universidade do Estado da Bahia, Campus IV. Após iniciar meus estudos, no primeiro semestre não me identifiquei muito com o curso, pois sempre tive mais afinidade com as ciências exatas, porém sempre fui apaixonada pelo universo da leitura, acreditando e concordando com a autora Simone Helen (1972) “Ler é desvendar mundos desconhecidos”, e nessa fantástica viagem que somente a leitura pode proporcionar apaixonei-me novamente pela leitura e consequentemente pelo meu curso.
No início de 2015 recebi uma proposta para ensinar em um colégio particular da minha cidade, como mencionei anteriormente, no Colégio Oásis de Miguel Calmon/BA, comecei lecionando redação (apenas duas semanas) e depois, até o presente momento mediei os conhecimentos de Língua Portuguesa. No princípio não foi fácil, pois era muita nova, com apenas 18 anos, cursando o terceiro semestre de letras, a diferença de idade entre meus alunos e eu era muita pequena, e isso me constrangia um pouco, mas com o passar do tempo ganhei a admiração dos alunos que sempre me respeitaram. Como professora de Língua Portuguesa, me senti no direito e obrigação de incentivá-los à leitura, foi então que desenvolvi o projeto “Piquenique Literário”, associado com a disciplina de Redação.
O projeto de leitura durou o ano inteiro, em cada unidade os alunos leem pelo menos um livro que será discutido em sala de aula. Ao término da unidade é realizado um piquenique literário ambientado em outros espaços (sítios, pousadas, etc.) em que os alunos participam de diversas atividades complementares que auxiliam no gosto pela leitura. Em 2016, continuei com a proposta do piquenique literário, apenas incrementei com o projeto “Tempo de Ler” para instigar não apenas a leitura, mas também a produção textual. Nesse projeto cada aluno tem seu memorial, em que são escritos vários textos através de diversos gêneros textuais, sobre diversas temáticas abordadas nos livros lidos durante a unidade. Os alunos também colam imagens e contextualizam a escrita de forma dinâmica e coesiva. É importante salientar que através desse projeto, trabalho os atos linguísticos, pois acredito que a gramática deve ser ensinada num processo de articulação no texto.
Em agosto de 2016 conquistei a bolsa do Programa de Iniciação à docência (Pibid), digo conquista porque para mim foi e está sendo uma grande honra participar deste programa. Estou atuando no Colégio Padre Alfredo Haasler, no 9º ano do ensino fundamental com a supervisora (professora) Vanessa Xavier. Os diversos textos lidos nas reuniões de formação do Pibid estão contribuindo notoriamente para a minha formação docente, pois acredito que o ensino deve ser num processo de interação, que haja uma troca incessante de conhecimentos e que a leitura seja o principal aporte para o ensino de Língua Portuguesa.
Iniciei o Estágio Supervisionado I em setembro de 2016, no 2º e 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição, colégio este em que concluí minha educação básica. A articulação dos textos lidos e debatidos em sala de aula nesta disciplina está ajudando-me bastante a compreender a ética e a identidade docente, pois não compreendia vários fatores ligados à formação do professor e o ensino de Língua Portuguesa. Percebo a importância do estágio supervisionado I para compreensão das várias faces da educação, pois o professor deve seguir as dimensões da ética docente: Políticas; Ética/humana; Técnica. Acredito que o estágio observatório é uma etapa de pesquisa, em que a teoria se torna indissociável da prática, pois ambas devem ser sempre indissociáveis no que tange à pratica docente. Sei que muitas experiências ainda estão por vir na prática docente, que muito tenho a aprender e que muito tenho a ensinar, pois como diz Guimarães Rosa (1930) “Mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende”, e nesta troca de conhecimentos espero contribuir para a educação do meu país e para a formação de sujeitos críticos e autóctones, pois acredito que somente o ser professor ligado ao fazer docente será capaz de mudar esta nação, pois através do conhecimento é que nos tornamos seres humanos pensantes e produtores de sentido atuando de forma ativa no âmbito social e desta forma buscando sempre o melhor, e o melhor com certeza está ligado à educação.
Meu Memorial de Formação



